quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Modernidades

Sérgio Magalhães
O Haiti tem 8 milhões de habitantes e sua capital, Porto Príncipe, é uma cidade grande, com quase 3 milhões. Saídos há poucos anos de uma guerra civil, pacificados graças a forças militares da ONU, das quais o Brasil tem papel de comando, pouco a pouco vão retomando alguma normalidade.

Estive em Porto Principe há 3 anos e voltei lá nesta semana.

Já não há tanto lixo acumulado nas ruas; nota-se que o serviço de recolhimento está funcionando, ainda que precário. A eletricidade ainda é escassa, mas os intervalos sem luz já são bem mais espaçados. A iluminação pública continua muito irregular, com largos trechos à escura.

Desta vez, as ruas me pareceram mais transitáveis. Mas o transporte público é caótico, sob responsabilidade quase que exclusiva dos tap tap, famosos por sua decoração exuberante.

A água potável ainda é o bem mais raro. As famílias compram a água em postos que são abastecidos alguns dias na semana e a transportam para suas casas em latas de 18 litros, iguais a essas que servem para tinta de parede.

Com a mais baixa renda das Américas, uma das menores do mundo, um território devastado, o Haiti tem, em operação, 2,1milhões de telefones celulares. Isto é: em média, um em cada quatro haitianos tem o seu portable...

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