segunda-feira, 28 de julho de 2008

CURSO POP - Desejo e rejeição: a produção do urbano e a crise do Rio de Janeiro

por Sérgio Magalhães

O curso tratará do Rio de Janeiro na perspectiva da compreensão (e do enfrentamento) de sua crise urbana. Serão debatidos os principais condicionantes urbanísticos do desenvolvimento, tais como a adesão e a ruptura com a cidade existente, a expansão do tecido urbano, a densidade, a escala, a habitação formal e informal e o isolamento.

Pólo de Pensamento Contemporâneo:
Rua Conde Afonso Celso, 103 - Jardim Botânico - CEP 22461-060 Tel. (21) 2286-3299 e 2286-3682

Para saber mais:
http://www.polodepensamento.com.br/sec_cursos_view.php?id=129

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O Reencontro do Rio

Artigo de Sérgio Magalhães publicado pelo IETS (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade):

Magalhães, S. O reencontro do Rio. Boletim "Rio de Janeiro: Trabalho e Sociedade". No. 5 Dez anos depois: Como vai você, Rio de Janeiro?: 9 p. 2003.

"O estudo avalia as causas do divórcio entre o Rio de Janeiro e o seu genius loci.

Aponta como causa exógena a perda da centralidade econômica, que permitiu a desconstrução da centralidade política. Como causa endógena, aponta a perda do paraíso, pela degradação dos ambientes naturais e construídos; e a da cordialidade, pela violência urbana.

Para o reencontro, reconhece a importância de políticas nacionais de desenvolvimento e de segurança pública, que sejam federativas e republicanas; mas também defende a autonomia de políticas locais de democratização da cidade, com a articulação das forças políticas fluminenses, institucionais, empresariais e da sociedade, em torno de objetivos comuns, simples, para a recuperação urbanística e ampliação da qualidade de vida da Região Metropolitana.

A construção de uma nova sustentabilidade urbana, apoiada no tripé transporte-habitação-meio ambiente, poderá alcançar o reencontro do Rio de Janeiro com seu genius loci."

ver o artigo todo:
http://www.iets.org.br/biblioteca/O_reencontro_do_Rio.pdf

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Programa Bairro-Escola modelo para experiências de horário integral em outras cidades do Brasil

e-educador
outubro, 2007.

"O programa Bairro Escola é um projeto pioneiro desenvolvido pela Prefeitura de Nova Iguaçu. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o programa servirá de modelo para experiências de horário integral em outras cidades do Brasil.O programa Bairro-Escola, que tem sido observado pela Unicef, por ONG’s de todo o Brasil e tem inspirado projetos como o Escola Integrada, implantado há três meses pela Prefeitura de Belo Horizonte, pela Diretoria de Ensino de Campinas e outras cidades do Brasil.

O diferencial do Bairro-Escola é a rede de parceiros que a instituição de ensino estabelece no bairro. Um clube, por exemplo, cede a piscina que fica ociosa durante a semana para o uso das crianças; a igreja empresta a sala para aulas de reforço e assim por diante. Além de baratear o custo per capita do horário integral – no Bairro Escola o custo é de R$ 12 para crianças do primeiro segmento e R$ 34 para o segundo segmento."


veja mais:
http://e-educador.com/index.php/notas-mainmenu-98/216-programa-bairro-escola-vai-dar-certo-

Bairro-escola premiado!

"O projeto Bairro-Escola, idealizado e desenvolvido pela Prefeitura de Nova Iguaçu a partir de parcerias criadas no próprio bairro, ganhou nesta segunda-feira, dia 12 novembro, o Prêmio Tecnologia Social, a principal premiação concedida pela Fundação Banco do Brasil. O Bairro-Escola foi o grande vencedor entre 42 projetos selecionados na Região Sudeste. Ao todo, a Fundação recebeu 782 inscrições para esse prêmio, das quais apenas 120 foram classificadas. Nova Iguaçu foi o único projeto de governo entre eles. Todos os outros eram de ONGs ou entidades sem fins lucrativos."

"O conceito de Bairro-Escola, há mais de um ano implementado em Nova Iguaçu, permeia todas as ações da cidade. O êxito da cidade fluminense, até então tida como uma das mais pobres e violentas do estado, foi ter conseguido realizar o projeto com um custo de apenas R$ 12 mensais por aluno.

Tudo na cidade funciona em função do bairro-escola. Os caminhos entre as escolas e os espaços onde acontecem as atividades extracurriculares têm uma faixa no chão pintada de vermelho para que as crianças possam andar sem problemas. Os ambulantes recolheram suas barracas para dar passagem às crianças, os motoristas de ônibus foram educados para que parassem os veículos ao ver as crianças passando, toda a sinalização da cidade foi modificada, os muros ganharam cores e os moradores foram sensibilizados.

"Usamos espaços parceiros, como clubes e igrejas, e quem dá aula para as crianças fora do horário escolar são estudantes universitários. A comunidade abraçou a idéia de maneira espantosa. Tem gente que empresta o terraço de casa, a sala de jantar. Outro dia um senhor me disse que podia ceder a piscina para dar aulas de natação", comentou o facilitador do bairro-escola, Jorge Luis Santos Silva, que diariamente sai batendo de casa em casa para articular e sensibilizar as pessoas.

O trabalho foi recentemente premiado como Tecnologia Social pela FBB. “Para a baixada, que carrega o estigma da violência e que está sempre vinculada a notícias ruins, é muito significativo um prêmio desse porte. Ao invés de problemas, estamos mostrando solução. Prova que, pelo contrário, há uma série de possibilidades latentes em Nova Iguaçu que se concretizam por meio das atividades integradas do Bairro-Escola”, diz a coordenadora geral do Bairro-Escola de Nova Iguaçu, Maria Antônia Goulart.

Goulart diz também se orgulhar pelo fato de o projeto servir de referência para as políticas públicas de educação. “O Bairro-Escola retoma uma discussão importante para a educação. Há muitos anos se discutia um projeto de educação integral com base nos Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), instituições criadas para a experiência de escolarização em tempo integral. Acreditava-se que tal projeto era impossível de acontecer e a discussão foi deixada de lado. Por meio da potência que tem o Bairro-Escola, conseguimos trazer para a pauta nacional a questão da escola e da educação em tempo integral”, diz. "

Favela-Bairro entre os melhores do mundo

Revista: Cidades do Brasil
edição 11- (jul/2000)

"O Favela-Bairro também foi escolhido entre os melhores projetos do mundo a serem apresentados na Expo 2000, em Hannover, Alemanha, maior evento internacional do final do milênio, que acontece de junho a outubro deste ano. O prêmio inclui ainda o direito do Favela-Bairro usar a logomarca do evento _ Expo 2000 Hannover, Registered Project of the World Ex- poition Germany _, uma espécie de selo de qualidade e reconhecimento internacional."

O Haiti e aqui - Plínio Fraga


Folha de S. Paulo - Terça-feira, Fevereiro 06, 2007

"A miséria humana não só aniquila os sentidos como parece irreversível. A frase de George Packer, jornalista da "New Yorker", faz parte de seu relato aterrador sobre a vida de 15 milhões de pessoas que habitam Lagos, na Nigéria, em artigo publicado na revista "Piauí". "Os visitantes da cidade não são recebidos com as palavras "Bem-vindo a Lagos", e sim com "Isto é Lagos", uma sinistra constatação factual", escreve ele.

Seis milhões e meio de brasileiros vivem em favelas, se aceito como critério o acesso ao saneamento e a precariedade de moradia. O economista André Urani sugere que a qualidade de vida é impossível em cidades com mais de 7 milhões de habitantes. Ou seja, não basta impedir o inchaço, mas seria necessário reduzir o número de habitantes. A pergunta é: como?

O jornalista Howell Raines, ex-diretor de Redação do "New York Times", passou férias no Rio, impressionou-se com o tamanho da favela da Rocinha e perguntou a um brasileiro: "O que vocês pretendem fazer com aquela gente?".

É a pergunta feita muitas vezes ao urbanista Sérgio Magalhães, que conhece mais de 150 favelas cariocas como criador do programa Favela-Bairro, de reformas urbanas. Sua resposta: "Integrar à cidade".Desde o ano passado, Magalhães começou a trabalhar em Bel Air, um dos bairros mais pobres de Porto Príncipe, no Haiti. As dificuldades são ainda mais gigantescas do que no Brasil. Não se limitam a questões econômicas, já difíceis de solucionar. "Não é que falte água lá. Água não existe", exemplifica.

O urbanista recebeu a sugestão de escrever sobre suas experiências no Rio e em Porto Príncipe em um livro que nasce com o título pronto: "O Haiti e Aqui". Pode chegar a duas constatações: lá é infinitamente pior, mas aqui as coisas ainda podem agravar-se mais."

fonte:
http://arquivoetc.blogspot.com/2007/02/o-haiti-e-aquis-plnio-fraga.html

Pourt au Prince

Bel Air, Pourt au Prince, Haiti.

“Não só empresas e agências de desenvolvimento estão incluídas na implantação do projeto de revitalização de Bel Air. O urbanista e ex-secretário de urbanismo da cidade do Rio de Janeiro, Sérgio Magalhães, é uma das pessoas envolvidas. “Como este é um projeto de reforma urbana de favelas, o Sérgio Magalhães talvez seja a pessoa que mais conhece desde assunto no mundo. Ele coordenou, concebeu e dirigiu o projeto Favela-Bairro, no Rio de Janeiro, que promoveu ações de urbanizações em cerca de 150 favelas cariocas e tem uma experiência enorme. Ele está conosco e é a pessoa responsável para desenvolver a proposta arquitetônica em Bel-Air”, afirmou Rubens César (Viva Rio).”


ver mais:
http://www.comunidadesegura.org/?q=en/node/33930
http://www.quno.org/geneva/pdf/disarmament-peace/Good%20Pratices%20magazine%20-1-%20WEB.pdf
http://www.exercito.gov.br/03ativid/missaopaz/minustah/informat/informat76.pdf

A Cidade na Incerteza - Ruptura e contigüidade em urbanismo

A Cidade na Incerteza - Ruptura e contigüidade em urbanismo
"A tese da área de Arquitetura e Urbanismo que recebeu Menção Honrosa no Prêmio de Teses 2006, promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), resultou em um livro.
A tese de doutorado foi defendida por Sérgio Ferraz Magalhães, em dezembro de 2005, no Programa de Pós-graduação em Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PROURB/UFRJ).
Segundo Magalhães, o livro pretende contribuir para uma reflexão sobre as possibilidades da cidade contemporânea. O autor explica que foram avaliadas experiências de algumas cidades, mas o foco é o Rio de Janeiro, por oferecer ampla diversidade ambiental e cultural.
O Prêmio Capes de Tese premia, anualmente, as melhores teses de doutorado aprovadas nos cursos reconhecidos pelo MEC."
ver mais:
onde encontrar:

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Novas memórias do urbanismo carioca

Foi lançado essa semana o livro Novas Memórias do Urbanismo Carioca, de Américo Freire e Lúcia Lippi Oliveira da Editora FGV.
Este livro explora a gênese e os desdobramentos do conhecimento urbanístico no Rio de Janeiro. Recupera como seus principais atores pensaram e agiram sobre a cidade; reconta como, em suas tentativas de transformar a vida da cidade, se defrontaram com querelas intragovernamentais. Nesse processo, seleciona trechos da memória dos depoentes, e reexamina a história ao longo da vida urbana da cidade da década de 1930 até o momento atual.

No livro encontramos uma longa entrevista com o Arquiteto Sérgio Magalhães sobre o tema: "Favelas e a crise do urbanismo modernista "

Resenha Favela-Bairro

Veja a resenha do livro:
Favela-Bairro: uma outra história da cidade do Rio de Janeiro, de Luiz Paulo Conde & Sérgio Magalhães,
escrita pelo Arquiteto Roberto Segre em:
http://www.vitruvius.com.br/resenhas/textos/resenha111.asp

"Desde a publicação, em 1999, do livro Cidade Inteira, editado pela Secretaria Municipal de Habitação, mais voltado para uma visão geral das intervenções em favelas, e com um predomínio das imagens fotográficas, não existia um documento abrangente que explicasse o trabalho desenvolvido na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 1993 e 2000, sob a direção de Luiz Paulo Conde – primeiro, como Secretário de Urbanismo e, posteriormente, como Prefeito – e de Sérgio Magalhães, Secretário de Habitação ao longo deste período"

Cafundá no topo das 30 obras de referência


O projeto do Conjunto Habitacional do Cafundá (78/82), de autoria dos Arquitetos Sérgio Magalhães e Ana Luiza Petrik, encabeça a lista das 30 obras de referência da arquitetura brasileira promovido pela Revista Projeto e Design / Arco Web.
"O conjunto habitacional do Cafundá, situado em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, é o Pedregulho dos anos 1980. Ele representa o último capítulo das grandes propostas modernas de conjuntos habitacionais.
O interesse do projeto reside no dilema de sua concepção. Apesar de o modelo moderno estar desacreditado na época, os autores insistiram por uma alternativa - com influências de Candilis/Josic/Woods -, porém com implantação reconhecidamente baseada na leitura do entorno e da topografia.
Por outro lado, os blocos possuem elementos vazados e brises na fachada que derivam diretamente da experiência da arquitetura moderna carioca, de Jorge Machado Moreira (edifício Ceppas) e, principalmente, Lucio Costa (parque Guinle).
Desde o memorial do concurso, era clara a intenção da equipe de preservar parte da silhueta do morro da Viúva. Apesar da mesma tipologia das unidades, os 14 prédios possuem diversidade de altura - conforme a topografia - e de formas, adequando-se também às curvas de nível. Os brises marcam as circulações horizontais e os cobogós indicam as unidades, todas orientadas para ambos os lados. Cada circulação horizontal atende a três andares - um para baixo e um para cima -, combinada com torres de escadas e elevadores."