terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Números

Eduardo Cotrim
A população no país aumentou 12,3 % nos últimos dez anos e a da cidade do Rio 11,1%, que inclui os 72,4 % de crescimento da Barra, segundo o IBGE.
Não há ainda dados completos sobre o crescimento das favelas do Rio, mas sabe-se que o complexo da Maré aumentou em população 13% , a Rocinha 23% e o Complexo do Alemão 6%. A média do crescimento dessas três últimas comunidades é de 15%. Embora tal número não seja nada confiável para falar do quanto cresceram as favelas do Rio, é possível que esteja ainda acima do resultado final, já que a Rocinha, em São Conrado, muito próxima da Barra da Tijuca, da Tijuca, Vila Isabel e dos demais bairros da AP2, seja um pouco caso à parte.

Embora o senso geral pareça contradizer, salvo dados contrários do censo oficial, é provável que as favelas tenham crescido algo muito próximo daquilo que a cidade cresceu na última década.

5 comentários:

  1. Sendo direto: os senhores são favoráveis a regularização do direito de propriedade para os favelados? Em outras palavras, os senhores apoiam a decisão de se conceder o título de proprietário aos atuais moradores das favelas cariocas?

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  2. Meu caro "chutando a lata", pela forma como repete tal indagação; acredito que necessite simplesmente de um "sim somos a favor" ou "não somos contra", ou seja, de uma verdade absoluta. Todavia, essa questão é muito mais complexa do que isso, em alguns casos os favelados serão regularizados, e em outros casos não; como por exemplo em áreas de risco, encostas, margens de rio, onde ainda existe a necessidade de realizar remoções. Contudo, sua pergunta já está respondida dentro do quarto trecho criticado em - 14 de dezembro de 2010 15:35 - que segue abaixo:

    “ Precisamos aprimorar e expandir a regularização da propriedade e a urbanização de nossos assentamentos populares, favelas e loteamentos. Precisamos prover de saneamento todas as nossas cidades. Enfim, não são pequenas as tarefas que esta geração tem para alcançarmos a democratização da vida urbana.”

    A interpretação depende de ti!

    Um abraço,

    Eduardo Baptista Xavier

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  3. Respondendo ao Xavier. Insiti no questionamento, porque blábláblá não leva a nada. Você se posicionou contra ou a favor de que? Literalmente nada. Não há o que se interpretar, pois creio que você não está fazendo poesia e sim política (tanto quanto eu e imagino a turma deste blog). Mesmo sabendo que discussão não é o que queres, vou deixar minha justificativa. Definição de direito de propriedade dá o incentivo correto para a reordenação urbana ou rural. Quando você é o dono do seu quintal, você cuida. Simples, não? Claro, que o objetivo final é o término da arbitrariedade e do estancamento ao descumprimento escancarado das leis que é a fonte primeira da bagunça urbana. Defendo o direito de propriedade aos favelados, porque simplesmente não há como expulsar os invasores e menos ainda o faria para garantir especulação imobiliária reles. Então assumo minha omissão e quero repará-la procurando uma solução definitiva para o problema. Com a definição do direito de propriedade aos atuais moradores resolveria o problema e melhoria o meu e o seu bem estar. Melhor ainda. Os favelados teriam um substancial acréscimo em sua riqueza pessoal. Com o tempo e creio muito rapidamente os terrenos se valorizariam e toda a cidade ganharia com isso. Claro, tem que haver um projeto de urbanização para que as mudanças que certamente poderiam ocorrer encontrem os parâmetros adequados de urbanização e edificação. Creio que até existem projetos dessa natureza aos montes. O sucesso dessa proposta só poderia ocorrer se depois de feita a regularização do direito de propriedade o governo atuasse firmemente no combate às invasões. Invadiu, o governo derruba e pune. A essência da proposta é que ela não envolve gastos do governo, exceto se, por vontade política, queira implantar projetos de natureza pública, como escolas, hospitais, etc. Uma das coisas boas dessa proposta é que o parâmetro para a indenização seria fácil de estabelecer. Claro, detalhes outros deverão existir. Mas o essencial não precisa de retoques. Direito de propriedade para o atual morador da favela. Nesta proposta, clara e direta, não há espaço para os oportunistas. Obviamente, é seu direito não gostar da proposta.

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  4. Meu caro "chutando a lata", me posicionei a favor da verdade,da ética e dos bons princípios. Tentei lhe mostrar uma coisa tão óbvia que a "turma do blog" se negou a fazer. Seus comentários são pertinentes, mas ainda existem alguns pontos que você não consegue enxergar. Estou refletindo sobre todas as questões apontadas e em breve prepararei um post com carinho explicando meu ponto de vista; até lá espero que tenha um feliz natal e um próspero ano novo,

    Um abraço

    Eduardo Baptista Xavier

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  5. Prezado Xavier, espero sinceramente que possamos crescer num debate saudável e deixar as pequenas rusgas pra lá. O importante é ter uma mesma paixão: um brasil legal pra se viver.
    Em dobro pra ti o que desejares pra mim.

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