sábado, 25 de junho de 2011

Os planos do Rio

Marat Menezes
Assim como o Plano Diretor de 1992 e o Plano PUB-Rio de 1977, o PDDUS não contribui com a criação de uma nova imagem da cidade, ao contrário dos planos Pereira Passos - 1906, Agache -1930 e Doxiadis – 1965.

Segue abaixo seu único mapa:

PDDUS- mapa das macrozonas da cidade

O mapa se soma a trechos do texto que refutam as altas densidades de ocupação e a concentração de atividades, em prol da ocupação moderada e da dispersão dos empregos por todos os bairros a fim de reduzir os deslocamentos. São os mesmos argumentos utilizados no Plano Doxiadis, de 1965.
Em paralelo, ações do Governo do Estado e da Prefeitura do Rio de Janeiro também estão em consonância com o Plano de 1965 como, por exemplo, a prevalência do transporte rodoviário (BRTs) em detrimento dos modais ferroviário e aquaviário e a indução à expansão urbana através da abertura do Túnel da Grota Funda (que contribui com o adensamento de Guaratiba) e do Arco Metropolitano (como um novo vetor de expansão).

Serra da Grota Funda

Trajeto BRTs

Arco Metropolitano

Plano Doxiadis, 1965. Mapa da Região Metropolitana no ano 2000.

Plano Doxiadis, 1965. Mapa do Rio de Janeiro (à época, Guanabara) no ano 2000.

2 comentários:

  1. Como bem mostra Wood Allen em Meia-Noite em Paris, ontem é sempre melhor do que hoje. O Brasil é a prova incontesti!

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  2. Se todos esses planos tivessem sido concretizados no passado, hoje em dia haveria menos desperdício de dinheiro com indenizações de desapropriações... Já disse Jaime Lerner, quando prefeito de Curitiba: "Optamos por priorizar o transporte coletivo ao invés de construir viadutos". Enquanto isso, a malha ferroviária e de metrô da cidade permanece praticamente a mesma de quarenta anos atrás...

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