sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Campanhas presidenciais ignoram as demandas urbanas


Do discurso de Barack Obama, na noite da vitória, eu havia destacado o fato dele comentar a crise financeira em que o mundo está envolvido com uma metáfora sobre a cidade: “Não podemos ter uma próspera Wall Street enquanto a Main Street sofre”.

Agora, a revista VIVERCIDADES, da ONG de mesmo nome, sob o título desta nota, publica uma tradução de texto de Ingá Saffron, originalmente divulgado em The Philadelphia Inquirer.

Como se vê, não é apenas no Rio que o tema urbano está ausente das campanhas eleitorais, como aconteceu nestas últimas eleições para prefeito. Você ouviu algum candidato falar sobre a expansão da cidade? Sobre a dispersão? Sobre a recuperação da centralidade metropolitana no centro da cidade? Sobre a necessidade de transformar os trens em metrô, dando um novo patamar para a melhora dos subúrbios da zona Norte? Pois, também nos USA, segundo Saffron, os candidatos passaram incólumes pelo desafio dos problemas urbanos. Mas as coisas mudarão. Cá e lá.
[Por Sérgio Magalhães]
Crédito da imagem: Lucas Franco, intervenção sobre imagens de jmph.blog.lemonde.fr; jewcy.com; pastemagazine.com; yogurt.myblog.com.br; congressoemfoco.ig.com.br; www.terra.com.br/istoe; agatajo.fotoflog.com.br; blogmais.files.wordpress.com

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Grande notícia!

Grande notícia! Depois de décadas de desacertos, pode ser que agora a ação governamental contra a violência esteja construindo uma política eficaz e duradoura. Hoje, os jornais anunciam que, junto com o policiamento permanente e com a retomada do território da Cidade de Deus pelas forças legais –isto já é uma notícia importante!-, o Estado passou a combater simultaneamente a rede clandestina que se apóia em atividades econômicas sob domínio da bandidagem. Venda de gás, bailes, rádios piratas, gatonet, transporte pirata, mototáxis passaram a ser considerados braços fortalecedores dos traficantes. O governo passou a combate-los.

Após reprimir ação de bandidos na Cidade de Deus, PM acaba com bailes e venda de gás

Estamos presenciando um momento que poderá vir a se constituir como o marco da recuperação sustentável do Rio de Janeiro.Santa Marta retomada –e permanentemente mantida- e Cidade de Deus em processo de recomposição: isto só pode ser uma graça de Natal, que se deseja com validade para todos os dias dos próximos tempos.

[Por Sérgio Magalhães]

Outros textos correlacionados:

"Uma agenda para reconstitucionalização do território" - Sérgio Magalhães

domingo, 14 de dezembro de 2008

Bairro-Escola premiado no IAB - RJ

O Programa de Estruturação Urbanística de Nova Iguaçu - Bairro-Escola foi novamente premiado, agora na 46ª Premiação Anual de Arquitetos (2008) do Instituto de Arquitetos do Brasil - Rio de Janeiro.
Para ver a lista de realizadores veja nosso post da premiação na XVI BAQ.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

IAB - Festa anual dos arquitetos 2008
dia 12 de Dezembro 19:00



O Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB-RJ, tem o prazer de convidar para cerimônia da 46ª Premiação Anual de Arquitetos, Premio Arquiteto do Amanhã, homenagens ao Profissional do Ano e a Personalidade do Ano e Premio Urbanidade 2008.
Dia 12 de dezembro de 2008, sexta-feira, às 19:00h
Na sede do IAB/RJ - Rua do Pinheiro, 10, Flamengo, Rio de Janeiro

Visite o site do IAB/RJ: http://www.iabrj.org.br/

Bairro-Escola premiado na Bienal de Quito

O Programa de Estruturação Urbanística de Nova Iguaçu - Bairro-Escola ganhou Menção Honrosa na XVI Bienal Panamericana de Arquitetura de Quito.

Trata-se de projeto de requalificação urbana associada à promoção educacional em município na periferia da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil.
O Programa de Estruturação Urbanística de Nova Iguaçu - Bairro-Escola apresenta dois componentes:
-a qualificação urbanística dos principais eixos estruturadores da cidade, objetivando a melhora da articulação intra-urbana e da mobilidade; e
-a qualificação urbanística das principais centralidades, objetivando o aproveitamento dos equipamentos sociais em reforço dos equipamentos escolares e permitindo a plena fruição dos espaços públicos em sinergia com o aumento da carga escolar. É o Bairro-Escola.

Realizadores:
Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu
Prefeito Lindberg Farias
Coordenadoria Bairro-Escola
Maria Antônia Goulart
SEMCID – Secretaria Municipal da Cidade
Secretário Hélio Aleixo
UGP - Unidade de Gerenciamento do Programa
SEMPE – Secretaria Municipal de Projetos Especiais
Secretário Hélio Porto

Sérgio Magalhães Consultoria
Programa de Estruturação Urbanística de Nova Iguaçu - Bairro-Escola

Ana Luiza Petrik e Orlando Mollica
Via Light
ArquiTraço Projetos
Estrada de Madureira
BLAC Arquitetura
Eixo da Posse
DDG Arquitetura
Bairro-Escola de Austin
Fábrica Arquitetura
Eixo Roberto da Silveira
F Ferreira Arquitetura
Eixo Ferroviário
IZLP Arquitetura
Eixo Barros Júnior
JDS engenharia
Infra-estrutura
JC Miguez & Cia
Plano setorial de iluminação pública
Núcleo de Pesquisa em Paisagismo PROURB
Plano setorial de vegetação urbana e reflorestamento
Redig Design
Programação visual e sinalização
Ricardo Villar Arquitetura e Urbanismo & Ricardo Esteves
Transposições, sistema viário e acessibilidade
Rivera Urbanismo e Arquitetura
Bairro-Escola de Cabuçu
Ruy Resende Arquitetura
Bairro-Escola de Comendador Soares
Sólida Arquitetura
Bairro-Escola de Miguel Couto
Taulois & Taulois Arquitetos
Bairro-Escola do Centro

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Concurso Internacional arturbain.fr

Com vista a promover a qualidade de vida nas cidades, a associação francesa para a arte urbana, através do Seminário Robert Auzelle, convida todos os anos equipes multidisciplinares de estudantes e docentes do mundo inteiro a refletir sobre um tema relacionado à Arte urbana. O tema escolhido para 2008/2009 é:

“Compor com a natureza, territórios intermunicipais e pequenas cidades”

Veja o texto na integra

Visite o site oficial



sábado, 6 de dezembro de 2008

“The Global Urban Context” - Urban Age


Na mesa de discussão “The Global Urban Context”, foi apontada com freqüência a importância da atual crise econômica mundial.
Michael Cohen (New School University - New York) apontou alguns impactos da crise atual como a contração das economias urbanas; o possível aumento da informalidade, das desigualdades e da migração para os grandes centros devido a queda da qualidade de vida rural nos países que tem os commodities como base da economia; um maior risco de impactos infra-estruturais e menos cidadania devido a um setor público mais fraco. Em resumo, um momento de muitos riscos urbanos.
Saskia Sassen (London School of Economics e Columbia University) nos presenteou com uma interessante apresentação onde colocou que na verdade não há uma economia global e sim circuitos especializados em partes diferentes do mundo. E que esses circuitos não são necessariamente econômicos e podem ser também culturais, ambientais, entre outros setores possíveis.
Sassen afirmou também que existe mais flexibilidade nos níveis das economias urbanas que no mercado financeiro, e que as cidades devem usar a importância de sua escala para maximizar sua diversidade e sua flexibilidade para superar as conseqüências da atual crise.
Andrea Calabi e Raquel Rolnik (USP) ressaltaram a necessidade de ver a crise como oportunidade do Governo intervir no rearranjo das possibilidades metropolitanas.
Por fim, André Urani (IETS) destacou a necessidade de mudanças institucionais para melhorar a governança e de maior flexibilização institucional e econômica, compartilhando com a opinião de Sassen.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Para o futuro das cidades


Richard Sennett, professor da London School of Economics e da New York University, levantou na conferência Urban Age, três pontos fundamentais para a discussão do futuro das cidades na atual conjuntura de crise global:
1_ ampliação do foco sobre questões relativas ao tema trabalho;
2_ tendência à atuação em projetos menores, mais locais, e menos metropolitanos, em grande parte devido à redução dos recursos disponíveis;
3_ possibilidade de transformar o quadro atual em um momento de novas oportunidades criativas.

Urban Age Award


Terminou hoje, a conferência Urban Age South America em São Paulo. Foram dois dias de intensa discussão com profissionais de todo o mundo e a entrega do Deutsche Bank Urban Age Award que premiou o Projeto Edifício União com US$100.000,00, entre 133 projetos paulistas tendo 12 finalistas.
O projeto diz respeito à reconversão do Cortiço da Rua Sólon, um edifício não terminado e invadido onde viviam mais de 70 famílias, ocupando inclusive o fosso dos elevadores. Com apóio da FAU/USP os moradores se organizaram e iniciaram um retrofit do edifício e reduzindo o número de famílias ocupantes. Foram refeitas as redes elétricas e terminada a fachada principal com apoio de empresários vizinhos. As melhoras coletivas incentivaram os moradores a melhorar também suas unidades, criando círculo virtuoso de investimentos coletivos e individuais.
Ao que parece o prêmio Urban Age servirá para finalizar as outras fachadas e a rede de água e esgoto do edifício.

Nos próximos dias lançarei no blog alguns comentários, opiniões e propostas dos especialistas presentes na conferência.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Urban Age - América do Sul

Amanhã começa a CONFERÊNCIA URBAN AGE AMÉRICA DO SUL (3 – 5 de dezembro de 2008 /São Paulo).

"Mais de 50 apresentações sobre transformações urbanas inovadoras em 14 paises preparam o cenário para a Conferência Urban Age, a oitava de uma serie agora anual de investigações interdisciplinares sobre o futuro das cidades. De 3 a 5 de dezembro de 2008, o Urban Age reunirá 100 líderes urbanos – prefeitos, formuladores de políticas, eminentes acadêmicos e autores lado a lado a arquitetos e urbanistas responsáveis por importantes projetos de regeneração urbana ao redor do mundo – para fazer frente aos aspectos sociais, espaciais e econômicos subjacentes ao crescimento urbano na América do Sul.

O Urban Age South America está sendo organizado em associação com o Estado de São Paulo, o Município de São Paulo, a Universidade de São Paulo e o Centro de Estudo de Política e Economia do Setor Público na Fundação Getúlio Vargas. Um grupo de especialistas internacionais, regionais e locais desenvolverá um trabalho conjunto através de uma série de workshops em São Paulo e Londres durante 2008, nos temas centrais de exclusão social e violência urbana, transporte público e mobilidade, e a relação entre crescimento urbano e provisão de infra-estrutura."

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A revitalização do Rio

A revitalização do Rio é título de artigo de Miguel Bahury publicado pelo Globo.
Ele defende a venda, pela Prefeitura, do que chama por “potencial adicional de construção” ou “direitos urbanísticos adicionais”. Trata-se de vender-se a permissão para que agentes imobiliários construam edifícios com área maior do que aquela prevista na legislação. O resultado da venda seria necessariamente aplicado pela Prefeitura em ações de interesse geral.

Mas o que legitima a regulação urbanística não é a idéia de que a lei deve estabelecer o que será o melhor para a cidade? Se o melhor for edificações com 10 pavimentos, por hipótese, por que se permitir 20 pavimentos, mesmo pagando-se?

Bahury informa que em São Paulo este procedimento já foi adotado, pelo menos em duas oportunidades, gerando centenas de milhões de reais aos cofres municipais. E diz mais: “Novamente o Rio fica atrás de São Paulo”.
Não me parece que esta seja uma corrida saudável.
A revitalização do Rio não há de ter como caminho pagar-se para sair da lei. Ao contrário: precisamos justamente ter leis que sejam efetivas, obedecidas. Por todos: pobres, ricos ou remediados. A cidadania se fortalece no cumprimento do acordo coletivo. O pagamento pelo “jeitinho” nos tem saído muito caro.

[Por Sérgio Magalhães]

sábado, 29 de novembro de 2008

Casa Papagaio


Em entrevista publicada na Revista ViverCidades, Ariano Suassuna critica a produção da arquitetura brasileira de forma bem peculiar:

"A arquitetura brasileira contemporânea nem é 'arquitetura' nem é 'contemporânea' – porque está copiando a arquitetura européia de 20 anos atrás –, e nem é 'brasileira'."

(...) "outra coisa que me incomoda é que a arquitetura não tem cor. A primeira vez que fui a Brasília, a impressão que tive foi que fizeram um susto a essa cidade. Ela empalideceu. E nunca mais se recuperou, não é ?"

(...) "Aí, um dia, chegou um jovem arquiteto lá em casa e disse: "Ariano, me diga uma coisa, você quer que a casa seja um papagaio ?" Eu não tô querendo que a casa seja um papagaio, mas se a opção for entre 'mausoléu' e 'papagaio', eu quero papagaio. Pelo menos fala; não é verdade ? "

Riscos no Rio

Andréa Albuquerque G. Redondo, arquiteta e ex-secretária municipal de urbanismo, escreveu na coluna OPINIÃO do Jornal O Globo o artigo: Riscos no Rio.

A arquiteta faz um rápido histórico das leis que regularam a construção civil no Rio de Janeiro.

"Em tempos de mudança na gestão do Rio de Janeiro cabe refletir sobre as leis que regem a construção civil na cidade desde meados do século XX. O estímulo à construção de prédios de grande volumetria e altura seguiu uma curva crescente até 1975, quando se iniciou um processo inverso, presente até hoje."
e
"(...) espera-se que o prefeito eleito compreenda, acolha e dê continuação a esse conjunto de decisões em favor do Rio (...)".

texto na integra

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Recuperação dos morros do Rio

Os morros do Rio também podem ser recuperados, como se vê nos exemplos abaixo. O programa "mutirão reflorestamento" é o responsável, com resultados esplêndidos. Durante os anos 1993-1999, esteve associado à política habitacional da cidade, na Secretaria Municipal de Habitação. Desde então, está sob a coordenação da Secretaria Municipal do Meio-Ambiente, da Prefeitura do Rio. Vale a pena conferir.

(Origem das fotos: ex-blog CM)


Morro do Sumaré, Rio Comprido

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Morro da Babilônia, Urca/Leme

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Morro Dois Irmãos, Leblon

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[por SM]

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Trânsito do Rio de Janeiro

O Arquiteto Flávio Ferreira faz uma proposta para resolver o trânsito do Rio de Janeiro.

"Um dos poucos consensos entre os especialistas (embora não entre a população) em relação ao trafego congestionado das metrópoles é diminuir a circulação de carros particulares nas ruas. São eles, e não os ônibus e caminhões que congestionam a cidade. É necessário mostrar a classe média que os “bandidos” do trânsito não são os ônibus e caminhões, mas seus próprios carros."


Segundo Ferreira: Vale a Pena tentar!

texto na integra

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Novo secretário de Urbanismo

O futuro secretário de Urbanismo, engenheiro Sérgio Moreira Dias, quer dar ao Centro do Rio um perfil mais residencial, para que as pessoas residam mais próximo de seus empregos. Para facilitar os deslocamentos, ele pretende implementar projetos de ciclovia integrando várias áreas da cidade.
"A Zona Sul é como uma sala de espetáculos em que a lotação está esgotada. Precisamos partir ir para outra sessão", disse ele, referindo-se a áreas da Zona Norte que sofrem vazios urbanísticos e econômicos.

"Estou com 61 anos de idade, tenho um escritório muito bem estabelecido. Tudo o que tenho na minha vida, desta gravata e paletó aos meus bem materiais veio do meu trabalho nesse escritório. E agora está na hora de assumir o desafio. A partir deste momento eu tenho uma vida mais comprometida com a cidade. Mas é uma forma que todos nós temos de dar um pouquinho de troco para a cidade, que é maravilhosa, a mais bonita do mundo", disse.


Estas e outras opiniões do futuro secretário, confira em O Dia online :

http://odia.terra.com.br/rio/htm/paes_anuncia_secretario_de_urbanismo_212381.asp

[por SM]

sábado, 8 de novembro de 2008

síndico?

O colunista de "O Globo" Arthur Dapieve escreveu nesta sexta-feira (07/10/08) sobre a tendência, confirmada nesta última eleição municipal, de consagração da figura do Prefeito como síndico.

Dapieve alerta, usando exemplos como Paris e Nova Iorque, que "a idéia do prefeito como homem de ação e não de idéias está fadada à frustração, ainda mais em grandes cidades, obviamente problemáticas. Porque ele não resolve todos os problemas que promete resolver. Não tem como. Nenhum burocrata, por mais competente que seja no uso da máquina pública, muda em profundidade uma metrópole (e o Rio precisa de guinada radical, não de remendos) sem apelar à consciência da população."

Vale a pena conferir, veja a coluna na integra:
http://outrorio.blogspot.com/2008/11/chamar-o-sndico-metrpoles-precisam-de.html

08 de Novembro - O Dia Mundial do Urbanismo

No dia 08 de Novembro comemora-se o Dia Mundial do Urbanismo. Segundo importantes organismos profissionais dos urbanistas como a Associação Internacional dos Urbanistas (ISOCARP, sigla em inglês), Conselho Europeu dos Urbanistas (CEU), Associação Asiática das Escolas de Planejamento Urbano e Regional (APSA), Associação Norte Americana dos Planejadores Urbanos (APA). A data é comemorada desde 1949, como uma estratégia para promover a consciência, a sustentação, a promoção e a integração entre a comunidade e o Urbanismo, de forma participativa, em todos os níveis de governo. Então é uma ótima oportunidade para repensarmos, refletirmos melhor sobre o Urbanismo enquanto área do conhecimento e sobre as reais condições de vida da população das cidades brasileiras.

Fonte: Sociedade Brasileira de Urbanismo
http://sburbanismo.vilabol.uol.com.br/dia_mundial_urbanismo.htm

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Obama para prefeito!

O belíssimo discurso de vitória de Barack Obama foi direto ao coração de milhões de pessoas mundo afora. Falou bonito.

Mas um aspecto não se pode deixar de destacar: ele abordou a grave crise financeira atual –a maior em décadas- apenas em um momento, quando diz: “se essa crise financeira nos ensinou uma coisa, foi que não podemos ter uma próspera Wall Street enquanto a Main Street sofre.”

Grande Obama! Ele justamente cita a Main Street, que neste caso simboliza todas as ruas, a cidade, o povo. Entre tantos modos e metáforas possíveis, é na cidade que ele apóia a idéia de bem estar e prosperidade coletiva!

[por Sérgio Magalhães]

terça-feira, 4 de novembro de 2008

"sim, o prefeito tem de saber muito"

O Jornalista do "O Globo", Aydano André Motta no blog Chope do Aydano destacou a importância do conhecimento da cidade no resultado das eleições cariocas.
"- sim, o prefeito tem de saber muito -"
Veja o motivo que Aydano atribui a derrota de Gabeira:
"Só não ganhou por pecados que são todos seus. A arrogância de estudar pouco a cidade (...)"

Veja o post do blog de Aydano em:
http://oglobo.globo.com//rio/ancelmo/chopedoaydano/post.asp?cod_post=135847

[por Sérgio Magalhães]

Escuta das Barcas

O texto "Escuta das Barcas" da Arquiteta Iazana Guizzo foi publicado na revista eletrônica redobra, criada a partir do encontro Corpocidade em Salvador: Uma crítica poética sobre os diferentes modos de atravessar a Baía de Guanabara. Diferenças colocadas a partir da chegada da barca nova que proporciona mudanças significativas no espaço da barca.

Segue o link para texto na íntegra:
http://www.corpocidade.dan.ufba.br/dobra/05_06_leitor2.htm

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

oportunidades nas regiões metropolitanas

Confirmando importantes estudos internacionais a reportagem do jornal O GLOBO (01/10/2008) indica o crescimento das oportunidades nas cidades metropolitanas brasileiras. Não obstante, indica também a estabilidade dos números da informalidade.
O desafio apresentado às cidades brasileiras é manter o crescimento de oportunidades e garantir a adesão à formalidade dos trabalhadores que estão na informalidade.

Regiões metropolitanas têm mais oportunidades de emprego, diz Ipea
"As maiores oportunidades de emprego estão localizadas em regiões metropolitanas do país onde se concentra um terço da população brasileira. Apesar disso, a taxa de informalidade nestas localidades ficou praticamente estável entre 2006 e 2007, essa foi a conclusão de um estudo divulgado nesta terça-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2007 (Pnad)."

veja na integra
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/09/30/regioes_metropolitanas_tem_mais_oportunidades_de_emprego_diz_ipea-548477639.asp

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

François ASCHER - Les nouveaux principes de l’urbanisme

Uma apresentação da obra e tradução do último capítulo de Les nouveaux principes de l’urbanisme. La fin des villes n’est pasà l’ordre du jour de François ASCHER (Éditions de l’Aube, 2001). (Por Isabel Raposo - Universidade Técnica de Lisboa / Faculdade de Arquitectura)

http://mestrado-reabilitacao.fa.utl.pt/disciplinas/iraposo/Ascher_novos%20principios%20urbanismo.pdf

"Numa escrita envolvente e dinâmica, e numa abordagem interdisciplinar, Ascher propõe neste seu livro 10 princípios para um novo urbanismo mais adaptado à actual fase de modernização da sociedade contemporânea ocidental. O autor assenta o seu ensaio na constatação de que o crescimento da cidade está ligado ao desenvolvimento de técnicas de transporte e de armazenamento de pessoas, bens e informações, e que se articula com três omponentes da modernização: a individualização, a racionalização e a diferenciação social."

Urban Age

Dois sites que estão up to date no debate urbano,

o primeiro é do Urban Age Institute
http://www.urbanage.org/

O outro é do Urban Age - a worldwide investigation into the future of cities.
http://www.urban-age.net/

"The late 20th Century was the age of economic globalisation. The first part of the 21st Century will be the age of the city, the ‘Urban Age.’ For the first time in the history of humanity, more than half of the earth’s population lives in an urban area. In China, India, Africa, and Latin America, urban populations are exploding and cities are growing exponentially. At the same time, many developed cities are shrinking and being radically restructured as a result of shifting economic bases and new patterns of migration. With investment in urban real estate, infrastructure and renovation becoming the driving force behind economic growth, the physical and social landscapes of the city are being powerfully altered.

Urban policymakers are struggling to balance this massive growth in public and private investment with more sustainable forms of urban development. Questions regarding the shape, size, density and distribution of the city have become increasingly complex and politicised. The concept of the city has come to play a central role in the minds of civic leaders and urban policymakers. The design of the built environment, the distribution of urban density, and their impacts on social cohesion and quality of life are at the forefront of political discussions in towns and cities across the globe.

Politicians, investors, planners and architects are, in effect, becoming inebriated with cities. In this rapidly changing context, we need to understand the after-effects of this unprecedented urban shift. We need to come to grips with the social hangover that will result from a sustained investment in the physical restructuring of cities worldwide to avoid the disastrous human consequences of so much planning over the last 50 years.

These are the questions and issues that have lead to the creation of The Urban Age, a six-year sequence of international conferences held in cities across Africa, Asia, the Americas and Europe between 2005 and 2010. The Urban Age will construct the framework for a developing network of individuals that exchanges information, experiences and data, emphasising the relationships between concrete investment, design and building, and the economic, environmental, social, political and cultural processes that shape city life.
"

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ciclo de Palestra: “As Prioridades da Cidade Solidária” - Universidade Castelo Branco

O arquiteto Sergio Magalhães, que trabalhou na prefeitura do Rio de Janeiro durante o mandato de Saturnino Braga (1986 a 1988), propôs a “reconstitucionalização da metrópole” e afirmou que a solução de alguns dos problemas do município do Rio de Janeiro passa pela democratização do transporte público. “Só se fala em levar transporte para a Barra da Tijuca como se o problema de transporte na Baixada, no subúrbio e na Zona Oeste estivesse resolvido”, criticou o professor, que concluiu: “Estamos em uma cidade em que a rede social, política e integradora, é clandestina e degradante. É preciso reconstitucionalizar o território metropolitano”.

ver mais:
http://www.castelobranco.br/home/index.php?ctrl=noticia&cdCodigo=1330

Serviço:
Ciclo de Palestras e Debates As Prioridades da Cidade Solidária
De 14 de agosto a 11 de setembro, sempre às quintas-feiras das 19h às 22h.
Universidade Castelo Branco (UCB) – Campus Realengo: Av Santa Cruz 1631, zona oeste do Rio. Informações: (21) 2406-7700.
Mediadores: Roberto Saturnino Braga - engenheiro (Instituto Solidariedade Brasil) e Antonio D'Elia - professor do curso de Direito da UCB.

Programação:
Dia 14.ago - Frei Betto (ativista social) e Sérgio Magalhães (arquiteto e professor)
Dia 21.ago - Alba Zaluar (antropológa, professora titular da UERJ, coordenadora do
Núcleo de Pesquisas da Violência – NUPEVI) e Luciana Julião (coordenadora do curso de Comunicação Social da UCB)
Dia 28.ago - Roberto Kauffmann (engenheiro e membro do Sindicato da Indústria e
Construção Civil do Rio de Janeiro) e César Benjamin (jornalista, pesquisador do laboratório de políticas públicas da UERJ).
Dia 04.set - Carlos Lessa (economista, professor, ex-presidente do BNDES) e André Urani (professor do Instituto de Economia da UFRJ, diretor executivo do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade – IETS)
Dia 11.set - Paulo Metri (engenheiro) e Paulo Alcantara Gomes (reitor da UCB)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Fórum Porto Alegre, Uma Visão de Futuro


Sérgio Magalhães, arquiteto responsável pelo Projeto Favela Bairro, no Rio de Janeiro, deu segmento ao ciclo de palestras na manhã desta quarta-feira (11/6/), no fórum Porto Alegre, Uma Visão de Futuro, na PUCRS. Disse em seu pronunciamento que a sociedade brasileira faz um esforço gigantesco para viver nas cidades. “O que faz as tragédias é a falta de políticas urbanas e não a população”.


veja a notícia publicada pela Câmara Municipal de Porto Alegre em: http://www2.camarapoa.rs.gov.br/default.php?reg=6596&p_secao=56&di=2008-06-11


ouça a reportagem da Editoria de rádio da Câmara Municipal de Porto Alegre: http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/camarapoa/usu_video/forum.portoalegre.magalhaes_110608.mp3

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Curso POP - Pólo de Pensamento Contemporâneo

Programação do Curso
Desejo e rejeição: a produção do urbano e a crise do Rio de Janeiro
por Sérgio Magalhães

O curso tratará do Rio de Janeiro na perspectiva da compreensão (e do enfrentamento) de sua crise urbana. Serão debatidos os principais condicionantes urbanísticos do desenvolvimento, tais como a adesão e a ruptura com a cidade existente, a expansão do tecido urbano, a densidade, a escala, a habitação formal e informal e o isolamento.

8 setembro
Desejo.
A adesão à cidade e à civilização ocidental. A noção de futuro e a construção do urbanismo. A cidade na incerteza. O paradigma de ruptura com a cidade existente, que prevaleceu na hegemonia modernista, dá lugar à necessidade de reconhecimento das preexistências, uma das expressões do urbanismo contemporâneo.

15 setembro
Rejeição.
A negação da cidade, os modelos modernos. Os modelos de exclusão e o abandono do subúrbio. O lugar do isolamento. As redes política-economica-cultural sob controle de grupos marginais. A anomia no registro quotidiano da imprensa carioca; autoridades perplexas e estáticas.

22 setembro
Sustentabilidade.
A expansão desmedida; o conceito de “cidade sem fim”. A sustentabilidade urbana e a democratização do acesso aos bens, equipamentos e serviços públicos. O reconhecimento dos esforços já realizados pelas famílias pobres na produção da cidade.

29 setembro
Possibilidades.
Debate sobre a superação da crise urbana: a cidade metropolitana; construção de uma agenda positiva para a questão urbana; reforço da centralidade no centro histórico; recuperação dos subúrbios; urbanização das favelas; metrô/transportes; despoluição da baía de Guanabara.


4 aulas, segundas-feiras: 19h30-21h30 Valor: R$ 280,00
50% na inscrição e o restante 30 dias após o início do curso
veja:
http://www.polodepensamento.com.br/sec_cursos_view.php?id=129

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Artigo - "A Cidade na Incerteza"

Artigo de Sérgio Magalhães publicado originalmente na seção “Opinião” do jornal O Globo, à página 7, no dia 19 de julho de 2007 e publicado pelo Centro de Estudos Direito e Sociedade (CEDES/IUPERJ)– Boletim/Junho – Julho de 2007

Para ver o artigo:
http://www.cedes.iuperj.br/PDF/07julho/cidadenaincerteza.pdf

Site CEDES:
http://www.cedes.iuperj.br/

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Resenhas "Sobre a Cidade"

Veja as resenhas do livro:
"Sobre a Cidade: Habitação e democracia no Rio de Janeiro" de Sérgio Magalhães

Escrita por Carlos Lessa, economista, trabalhou na Cepal e no BNDES, professor fundador dos cursos de economia da Universidade de Campinas e da Universidade Federal Fluminense, professor titular de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em: http://www.vitruvius.com.br/resenhas/textos/resenha040.asp

"Pela avenida de suas idéias, Sérgio Magalhães constrói uma exposição reta, direta e coerente que nos conduz, na cidade, para mais além da modernidade. Rejeita a vulgar pós-modernidade submissa à religião do mercado. A cidade do seu sonho é o espaço público aberto e integrado que preserva os esforços, a memória e o orgulho de seus habitantes, universalizando o acesso aos bens públicos.
O autor sublinha, como essencial à urbanicidade, a contigüidade dos espaços."


Escrita por Cêça Guimaraens, arquiteta, doutora em Planejamento Urbano e Regional e professora da FAU/UFRJ em: http://www.vitruvius.com.br/resenhas/textos/resenha041.asp

"De pronto, e porque a arquitetura do modernismo não morrerá, este Sobre a cidade radicaliza o pensamento de, pelo menos, duas gerações de arquitetos. O livro de Sérgio Magalhães trata de habitação e democracia no Rio de Janeiro, mas é na possibilidade da existência de uma cidade democrática que nele se expressam as idéias de quem nasceu no tempo do após-segunda-guerra-mundial. Sendo assim, suas palavras densas e frases curtas desenham um retrato do trajeto de mais de meio século. Esse desenho condiz com a ação de interesses rigorosamente iluministas de uma categoria profissional – a dos arquitetos – sobre o lugar que a sociedade escolheu para viver. Se este lugar é, hoje, a cidade esquizofrênica, seus irrestritos efeitos devem ser mais que antes, harmonizados. Este livro é o produto do simples intervalo que o arquiteto Sérgio Magalhães se permitiu fazer no seu percurso técnico-político. Nessa perspectiva, organizando pequenos textos gerou um livro que é, ao mesmo tempo, oriundo de e dirigido a grupos que possuem uma agenda positiva."

Sérgio Magalhães no Favelité

"Estou seguro de que nós, arquitetos, se contribuímos para a destruição das cidades ao introduzirmos a anti-cidade modernista, hoje podemos colaborar para a revisão destes conceitos desestrurantes e contribuir para uma nova ordem de idéias. É preciso re-singularizar nossas cidades!"
ver em:
http://favelite.com/forum/2005/09/srgio-magalhes-responsable-de-la-mise.html

Entrevista Vitruvius

Entrevista com o Arquiteto Sérgio Magalhães no site Vitruvius.
Os temas: (1)Favela Bairro; (2) Crédito e Democracia; (3) Déficit Urbano
ver em:
http://www.vitruvius.com.br/entrevista/magalhaes/magalhaes.asp

segunda-feira, 28 de julho de 2008

CURSO POP - Desejo e rejeição: a produção do urbano e a crise do Rio de Janeiro

por Sérgio Magalhães

O curso tratará do Rio de Janeiro na perspectiva da compreensão (e do enfrentamento) de sua crise urbana. Serão debatidos os principais condicionantes urbanísticos do desenvolvimento, tais como a adesão e a ruptura com a cidade existente, a expansão do tecido urbano, a densidade, a escala, a habitação formal e informal e o isolamento.

Pólo de Pensamento Contemporâneo:
Rua Conde Afonso Celso, 103 - Jardim Botânico - CEP 22461-060 Tel. (21) 2286-3299 e 2286-3682

Para saber mais:
http://www.polodepensamento.com.br/sec_cursos_view.php?id=129

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O Reencontro do Rio

Artigo de Sérgio Magalhães publicado pelo IETS (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade):

Magalhães, S. O reencontro do Rio. Boletim "Rio de Janeiro: Trabalho e Sociedade". No. 5 Dez anos depois: Como vai você, Rio de Janeiro?: 9 p. 2003.

"O estudo avalia as causas do divórcio entre o Rio de Janeiro e o seu genius loci.

Aponta como causa exógena a perda da centralidade econômica, que permitiu a desconstrução da centralidade política. Como causa endógena, aponta a perda do paraíso, pela degradação dos ambientes naturais e construídos; e a da cordialidade, pela violência urbana.

Para o reencontro, reconhece a importância de políticas nacionais de desenvolvimento e de segurança pública, que sejam federativas e republicanas; mas também defende a autonomia de políticas locais de democratização da cidade, com a articulação das forças políticas fluminenses, institucionais, empresariais e da sociedade, em torno de objetivos comuns, simples, para a recuperação urbanística e ampliação da qualidade de vida da Região Metropolitana.

A construção de uma nova sustentabilidade urbana, apoiada no tripé transporte-habitação-meio ambiente, poderá alcançar o reencontro do Rio de Janeiro com seu genius loci."

ver o artigo todo:
http://www.iets.org.br/biblioteca/O_reencontro_do_Rio.pdf

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Programa Bairro-Escola modelo para experiências de horário integral em outras cidades do Brasil

e-educador
outubro, 2007.

"O programa Bairro Escola é um projeto pioneiro desenvolvido pela Prefeitura de Nova Iguaçu. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o programa servirá de modelo para experiências de horário integral em outras cidades do Brasil.O programa Bairro-Escola, que tem sido observado pela Unicef, por ONG’s de todo o Brasil e tem inspirado projetos como o Escola Integrada, implantado há três meses pela Prefeitura de Belo Horizonte, pela Diretoria de Ensino de Campinas e outras cidades do Brasil.

O diferencial do Bairro-Escola é a rede de parceiros que a instituição de ensino estabelece no bairro. Um clube, por exemplo, cede a piscina que fica ociosa durante a semana para o uso das crianças; a igreja empresta a sala para aulas de reforço e assim por diante. Além de baratear o custo per capita do horário integral – no Bairro Escola o custo é de R$ 12 para crianças do primeiro segmento e R$ 34 para o segundo segmento."


veja mais:
http://e-educador.com/index.php/notas-mainmenu-98/216-programa-bairro-escola-vai-dar-certo-

Bairro-escola premiado!

"O projeto Bairro-Escola, idealizado e desenvolvido pela Prefeitura de Nova Iguaçu a partir de parcerias criadas no próprio bairro, ganhou nesta segunda-feira, dia 12 novembro, o Prêmio Tecnologia Social, a principal premiação concedida pela Fundação Banco do Brasil. O Bairro-Escola foi o grande vencedor entre 42 projetos selecionados na Região Sudeste. Ao todo, a Fundação recebeu 782 inscrições para esse prêmio, das quais apenas 120 foram classificadas. Nova Iguaçu foi o único projeto de governo entre eles. Todos os outros eram de ONGs ou entidades sem fins lucrativos."

"O conceito de Bairro-Escola, há mais de um ano implementado em Nova Iguaçu, permeia todas as ações da cidade. O êxito da cidade fluminense, até então tida como uma das mais pobres e violentas do estado, foi ter conseguido realizar o projeto com um custo de apenas R$ 12 mensais por aluno.

Tudo na cidade funciona em função do bairro-escola. Os caminhos entre as escolas e os espaços onde acontecem as atividades extracurriculares têm uma faixa no chão pintada de vermelho para que as crianças possam andar sem problemas. Os ambulantes recolheram suas barracas para dar passagem às crianças, os motoristas de ônibus foram educados para que parassem os veículos ao ver as crianças passando, toda a sinalização da cidade foi modificada, os muros ganharam cores e os moradores foram sensibilizados.

"Usamos espaços parceiros, como clubes e igrejas, e quem dá aula para as crianças fora do horário escolar são estudantes universitários. A comunidade abraçou a idéia de maneira espantosa. Tem gente que empresta o terraço de casa, a sala de jantar. Outro dia um senhor me disse que podia ceder a piscina para dar aulas de natação", comentou o facilitador do bairro-escola, Jorge Luis Santos Silva, que diariamente sai batendo de casa em casa para articular e sensibilizar as pessoas.

O trabalho foi recentemente premiado como Tecnologia Social pela FBB. “Para a baixada, que carrega o estigma da violência e que está sempre vinculada a notícias ruins, é muito significativo um prêmio desse porte. Ao invés de problemas, estamos mostrando solução. Prova que, pelo contrário, há uma série de possibilidades latentes em Nova Iguaçu que se concretizam por meio das atividades integradas do Bairro-Escola”, diz a coordenadora geral do Bairro-Escola de Nova Iguaçu, Maria Antônia Goulart.

Goulart diz também se orgulhar pelo fato de o projeto servir de referência para as políticas públicas de educação. “O Bairro-Escola retoma uma discussão importante para a educação. Há muitos anos se discutia um projeto de educação integral com base nos Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), instituições criadas para a experiência de escolarização em tempo integral. Acreditava-se que tal projeto era impossível de acontecer e a discussão foi deixada de lado. Por meio da potência que tem o Bairro-Escola, conseguimos trazer para a pauta nacional a questão da escola e da educação em tempo integral”, diz. "

Favela-Bairro entre os melhores do mundo

Revista: Cidades do Brasil
edição 11- (jul/2000)

"O Favela-Bairro também foi escolhido entre os melhores projetos do mundo a serem apresentados na Expo 2000, em Hannover, Alemanha, maior evento internacional do final do milênio, que acontece de junho a outubro deste ano. O prêmio inclui ainda o direito do Favela-Bairro usar a logomarca do evento _ Expo 2000 Hannover, Registered Project of the World Ex- poition Germany _, uma espécie de selo de qualidade e reconhecimento internacional."

O Haiti e aqui - Plínio Fraga


Folha de S. Paulo - Terça-feira, Fevereiro 06, 2007

"A miséria humana não só aniquila os sentidos como parece irreversível. A frase de George Packer, jornalista da "New Yorker", faz parte de seu relato aterrador sobre a vida de 15 milhões de pessoas que habitam Lagos, na Nigéria, em artigo publicado na revista "Piauí". "Os visitantes da cidade não são recebidos com as palavras "Bem-vindo a Lagos", e sim com "Isto é Lagos", uma sinistra constatação factual", escreve ele.

Seis milhões e meio de brasileiros vivem em favelas, se aceito como critério o acesso ao saneamento e a precariedade de moradia. O economista André Urani sugere que a qualidade de vida é impossível em cidades com mais de 7 milhões de habitantes. Ou seja, não basta impedir o inchaço, mas seria necessário reduzir o número de habitantes. A pergunta é: como?

O jornalista Howell Raines, ex-diretor de Redação do "New York Times", passou férias no Rio, impressionou-se com o tamanho da favela da Rocinha e perguntou a um brasileiro: "O que vocês pretendem fazer com aquela gente?".

É a pergunta feita muitas vezes ao urbanista Sérgio Magalhães, que conhece mais de 150 favelas cariocas como criador do programa Favela-Bairro, de reformas urbanas. Sua resposta: "Integrar à cidade".Desde o ano passado, Magalhães começou a trabalhar em Bel Air, um dos bairros mais pobres de Porto Príncipe, no Haiti. As dificuldades são ainda mais gigantescas do que no Brasil. Não se limitam a questões econômicas, já difíceis de solucionar. "Não é que falte água lá. Água não existe", exemplifica.

O urbanista recebeu a sugestão de escrever sobre suas experiências no Rio e em Porto Príncipe em um livro que nasce com o título pronto: "O Haiti e Aqui". Pode chegar a duas constatações: lá é infinitamente pior, mas aqui as coisas ainda podem agravar-se mais."

fonte:
http://arquivoetc.blogspot.com/2007/02/o-haiti-e-aquis-plnio-fraga.html

Pourt au Prince

Bel Air, Pourt au Prince, Haiti.

“Não só empresas e agências de desenvolvimento estão incluídas na implantação do projeto de revitalização de Bel Air. O urbanista e ex-secretário de urbanismo da cidade do Rio de Janeiro, Sérgio Magalhães, é uma das pessoas envolvidas. “Como este é um projeto de reforma urbana de favelas, o Sérgio Magalhães talvez seja a pessoa que mais conhece desde assunto no mundo. Ele coordenou, concebeu e dirigiu o projeto Favela-Bairro, no Rio de Janeiro, que promoveu ações de urbanizações em cerca de 150 favelas cariocas e tem uma experiência enorme. Ele está conosco e é a pessoa responsável para desenvolver a proposta arquitetônica em Bel-Air”, afirmou Rubens César (Viva Rio).”


ver mais:
http://www.comunidadesegura.org/?q=en/node/33930
http://www.quno.org/geneva/pdf/disarmament-peace/Good%20Pratices%20magazine%20-1-%20WEB.pdf
http://www.exercito.gov.br/03ativid/missaopaz/minustah/informat/informat76.pdf

A Cidade na Incerteza - Ruptura e contigüidade em urbanismo

A Cidade na Incerteza - Ruptura e contigüidade em urbanismo
"A tese da área de Arquitetura e Urbanismo que recebeu Menção Honrosa no Prêmio de Teses 2006, promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), resultou em um livro.
A tese de doutorado foi defendida por Sérgio Ferraz Magalhães, em dezembro de 2005, no Programa de Pós-graduação em Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PROURB/UFRJ).
Segundo Magalhães, o livro pretende contribuir para uma reflexão sobre as possibilidades da cidade contemporânea. O autor explica que foram avaliadas experiências de algumas cidades, mas o foco é o Rio de Janeiro, por oferecer ampla diversidade ambiental e cultural.
O Prêmio Capes de Tese premia, anualmente, as melhores teses de doutorado aprovadas nos cursos reconhecidos pelo MEC."
ver mais:
onde encontrar:

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Novas memórias do urbanismo carioca

Foi lançado essa semana o livro Novas Memórias do Urbanismo Carioca, de Américo Freire e Lúcia Lippi Oliveira da Editora FGV.
Este livro explora a gênese e os desdobramentos do conhecimento urbanístico no Rio de Janeiro. Recupera como seus principais atores pensaram e agiram sobre a cidade; reconta como, em suas tentativas de transformar a vida da cidade, se defrontaram com querelas intragovernamentais. Nesse processo, seleciona trechos da memória dos depoentes, e reexamina a história ao longo da vida urbana da cidade da década de 1930 até o momento atual.

No livro encontramos uma longa entrevista com o Arquiteto Sérgio Magalhães sobre o tema: "Favelas e a crise do urbanismo modernista "

Resenha Favela-Bairro

Veja a resenha do livro:
Favela-Bairro: uma outra história da cidade do Rio de Janeiro, de Luiz Paulo Conde & Sérgio Magalhães,
escrita pelo Arquiteto Roberto Segre em:
http://www.vitruvius.com.br/resenhas/textos/resenha111.asp

"Desde a publicação, em 1999, do livro Cidade Inteira, editado pela Secretaria Municipal de Habitação, mais voltado para uma visão geral das intervenções em favelas, e com um predomínio das imagens fotográficas, não existia um documento abrangente que explicasse o trabalho desenvolvido na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 1993 e 2000, sob a direção de Luiz Paulo Conde – primeiro, como Secretário de Urbanismo e, posteriormente, como Prefeito – e de Sérgio Magalhães, Secretário de Habitação ao longo deste período"

Cafundá no topo das 30 obras de referência


O projeto do Conjunto Habitacional do Cafundá (78/82), de autoria dos Arquitetos Sérgio Magalhães e Ana Luiza Petrik, encabeça a lista das 30 obras de referência da arquitetura brasileira promovido pela Revista Projeto e Design / Arco Web.
"O conjunto habitacional do Cafundá, situado em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, é o Pedregulho dos anos 1980. Ele representa o último capítulo das grandes propostas modernas de conjuntos habitacionais.
O interesse do projeto reside no dilema de sua concepção. Apesar de o modelo moderno estar desacreditado na época, os autores insistiram por uma alternativa - com influências de Candilis/Josic/Woods -, porém com implantação reconhecidamente baseada na leitura do entorno e da topografia.
Por outro lado, os blocos possuem elementos vazados e brises na fachada que derivam diretamente da experiência da arquitetura moderna carioca, de Jorge Machado Moreira (edifício Ceppas) e, principalmente, Lucio Costa (parque Guinle).
Desde o memorial do concurso, era clara a intenção da equipe de preservar parte da silhueta do morro da Viúva. Apesar da mesma tipologia das unidades, os 14 prédios possuem diversidade de altura - conforme a topografia - e de formas, adequando-se também às curvas de nível. Os brises marcam as circulações horizontais e os cobogós indicam as unidades, todas orientadas para ambos os lados. Cada circulação horizontal atende a três andares - um para baixo e um para cima -, combinada com torres de escadas e elevadores."