domingo, 1 de novembro de 2009

Deu no O GLOBO e no JB

Ceça Guimaraens
Prefeito diz que centros de mídia podem ficar na Zona Portuária e em outras partes da cidade, criando a primeira divergência com o COI

A gente pode até achar que o Paes está jogando para a geral, mas que deu no jornal, deu!

A gente pode até pensar que há quase três décadas a prefeitura, o pessoal do patrimônio histórico e as corporações empresariais batalham para a recuperação do porto do Rio com projetos ambiciosos, procurando evitar o arruinamento de bairros onde se mesclam armazéns, galpões e construções modestas. E nada parece dar certo!

Regredida a atividade de comércio e movimentação de cargas, essas paredes foram depreciadas por traduzirem nas fachadas, adornadas de metáforas imagéticas, as arquiteturas híbridas e mal-amadas do estilo eclético. Quanto à situação urbana, à maneira de outros bairros da Zona Norte, a Zona Portuária foi dividida por viaduto que, hoje, garante a mobilidade e o deslocamento de trabalhadores para as cidades vizinhas que, assim, sustentam a condição metropolitana da cidade.

Concepções puristas veem esse modo funcionalmente moderno de resolver a circulação de veículos e pedestres como ação espúria gerada na inversão dos valores urbanísticos.

O projeto que foi apresentado pela cidade para o comitê organizador dos Jogos Olímpicos de 2016 prevê a construção de infraestruturas (vias e Vila Residencial) e a reurbanização da Zona Portuária estaria aí incluída.

O anúncio de alterações e mudanças de algumas dessas “facilidades” da baixada da Barra da Tijuca e Jacarepaguá para as vizinhanças do Centro do Rio foi recebido com alegria e esperança por todos os moradores e usuários da cidade.

Afinal, a região da Baixada da Zona Oeste possui apenas cerca de 200 mil moradores!

Depois que mataram o palácio Monroe na Cinelândia e o Guggenheim no píer Mauá, a Cidade da Música aterrissou e aterrorizou o centro do Centro previsto no plano de Lucio Costa para a baixada da Barra da Tijuca e Jacarepaguá. Agora, a âncora da revitalização da Zona Portuária, segundo os vereadores Aspásia Camargo e Eliomar Coelho, é a nova sede da Câmara dos Vereadores.

‘Fala sério’!!!!!

A centralidade histórica da área de negócios e a rede cultural que o Centro do Rio de Janeiro detêm são indiscutíveis.

Vamos mudar, ‘com certeza’, pois a cidade não aguenta mais tanto terrorismo urbanístico!

Leia as reportagens:
O GLOBO: COI e prefeitura têm primeira divergência
JB: Paes quer centro de mídia na Zona Portuária

2 comentários:

  1. Ceça Guimarães e Lucas Franco, deêm sua opinião, mas por favor, a façam de forma fidedigna e não manipulando números de forma leviana.

    A área de influência da baixada de Jacarepaguá, que engloba os bairros da Barra da Tijuca, Recreio, Vargens, Cidade de Deus e Jacarepagua possuem 806.859 habitantes, e não 200.000 como você informa em sua opinião. (para checar, basta ir no http://www.riocomovamos.org.br/, que deveria ser de conhecimento de todo cidadão carioca)

    A Barra também influencia diretamente, por seu posicionamento geográfico, os bairros de Santa Cruz, Campo Grande, Bangu e Guaratiba, que possuem uma população de 1.476.151 habitantes.

    Somando tudo, lá se vão mais de 2.200.000 pessoas afetadas diretamente pelo centralismo da Barra (bem diferente dos 200.000, né?)

    Acompanho regularmente o blog, e parabenlizo sua manutenção, mas, por favor, defendam seu ponto de vista de forma digna e não cega pela paixão.

    abraços

    Maurício Mena Barreto

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  2. Caro Maurício,
    se a idéia for analisar área de "influência" então a coisa piora! E faz menos sentido investir na Barra ou na Baixada de Jacarepaguá, como queira.
    Para o seu conhecimento o Centro do Rio de Janeiro é o centro da metrópole!!!
    Então temos algo em torno de 12 milhões de pessoas sob "influência" do Centro!
    Toda a Região Metropolitana, incluindo o outro lado da Baía.
    Se quiser pode tirar os dois milhões "influênciados" pela Barra. Ainda assim são 10 milhões!
    Não me parece que haja má vontade no post, até porque a população da Barra nem chega a 200 mil.
    Acho que os dados são os mais objetivos: Barra por volta de 175mil, Centro + Zona Norte(AP3) bem mais de 2,5milhões.
    Enquanto o dinheiro do Rio for todo para a Barra, o Centro e a Zona Norte (e por que não a Baixada) vão afundar cada vez mais, e o Rio vai junto!
    E estando na Barra, ou qualquer outro lugar todo mundo se afoga...

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