Na estimativa do Comitê Olímpico Internacional –COI-, a zona Centro-Maracanã receberá 53% do público que assistirá aos Jogos de 2016. Apesar dessa zona sediar apenas 13% das modalidades, ela será a mais visitada de todas. Em contraste, a Barra, que no projeto apresentado ao COI sediará 47% das modalidades, receberá apenas 24% do público.
Estes números foram apresentados oficialmente pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro –COB-, Carlos Arthur Nuzman, e divulgados hoje pela Folha de São Paulo. Na ocasião, Nuzman afirma que transferir a Vila da Mídia, em parte, para a Zona Portuária do Rio é positivo, pois melhor atenderá ao interesse dos jornalistas.
Estas informações são preciosas para o esforço no sentido de garantir que a Olimpíada seja benéfica ao conjunto da cidade, que os investimentos públicos sejam feitos equilibradamente na proporção das necessidades da população.
Antes, já sabíamos que a minoria dos atletas é que competirá na Barra: 54% dos atletas utilizarão equipamentos localizados em outras regiões da cidade (Sul, Centro e Deodoro) onde se realizarão suas modalidades esportivas respectivas. O argumento concentrador dos investimentos na Barra se enfraquece.
Agora, sabemos também que o público majoritariamente estará no Centro-Maracanã-Engenhão, isto é, na Zona Norte suburbana, área tão degradada da cidade, que precisa ser revitalizada, e no próprio Centro, que tem enfrentado uma desleal competição de enfraquecimento de sua centralidade metropolitana.
A Zona Portuária como foco olímpico começa a adquirir consistência. Os investimentos em transporte público de qualidade nos corredores suburbanos, sobretudo pela transformação dos trens em metrô, passam a ser, também, uma exigência para o sucesso de 2016.
Veja a matéria da FSP: Maracanã polariza público da Rio-2016
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