domingo, 1 de março de 2009

Informal e Coletivo: Moço, dá uma paradinha aqui...

Um dia, um senhor de idade avançada pegou o “frescão” Praça Mauá. No centro, pediu para o motorista parar na Praça 15. O motorista disse que não, porque lá tinha fiscal e que ia parar no próximo ponto da Av. 13 de maio. Para o motorista o problema não era a parada irregular, mas a presença de fiscais. Acabou cedendo e parou antes do ponto. O passageiro desceu. Aí passou o ponto e uma senhora pediu para parar na rua do Ouvidor. Lá tampouco era ponto. Informei à senhora que lá não era ponto. Ela me esclareceu que sempre gostou de saltar o mais próximo possível do seu destino. Argumentei que nesse caso ela deveria pegar um taxi. Ficou meio desconcertada, mas o motorista já estava parando e a senhora descendo. Se o direito a paradas personalizadas se estendesse a todos os passageiros que usam todas as outras linhas, o que seria uma causa justa, que impacto isso representaria ao sistema ? O curioso é que o “frescão” não tem mesmo mecanismo de solicitação de parada, o que induz ao diálogo e à negociação com o motorista. Mesmo nos ônibus convencionais aboliu-se o tradicional aviso: “Fale ao motorista somente o indispensável”.


[Por Eduardo Cotrim]


Foto: Pedro Franco

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