No final do ano de 2005, participando do concurso público de idéias para urbanização da Rocinha, patrocinado pelo mesmo governo do Estado, me recordo de um dos maiores desafios: Encontrar soluções para conter a expansão horizontal das favelas sobre as áreas de preservação ambiental, os chamados eco limites. Lembro-me ainda, ser consenso entre a equipe, o questionamento das conseqüências da construção desses muros, seja pela dificuldade de fiscalização gerada pela obstrução visual ou pela possibilidade de estarmos construindo a primeira parede para uma nova edificação irregular.
É espantoso, que mais de três anos depois, seja exatamente essa a noticiada intervenção.
Afinal, encontramos a solução desejada? Qual é o lado que queremos proteger? Então, será esse o legado para a cidade?
Certamente não eram essas as idéias daqueles arquitetos e urbanistas com quem trabalhei.
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