Talvez o concreto dos muros tenha se decomposto até à virtualidade...
terça-feira, 26 de maio de 2009
Muro subiu no telhado
Talvez o concreto dos muros tenha se decomposto até à virtualidade...
domingo, 24 de maio de 2009
Ecotrilhas: os ecolimites da Rocinha
alternativa à construção dos muros no complexo da Rocinha.
A proposta, batizada de Ecotrilhas da Rocinha, foi desenvolvida pela equipe do arquiteto Luiz Carlos Toledo, responsável pelo projeto de urbanização, em parceria com líderes comunitários locais.
Sem dúvida é muito mais adequado como um projeto de urbanização, os limites estão claros e é sensível a preocupação com a comunidade.
Parabéns à equipe do Toledo. O trabalho é uma bela contribuição ao debate.
Veja as imagens do projeto
sábado, 23 de maio de 2009
Para quem gosta do Rio (e etc)
A dica veio do ótimo RIOetc de Renata Abranchs e Tiago Petrik: o site russo Zubetzblitz disponibiliza passeios aéreos em 3d por diversas cidades do mundo.
O destaque, é claro, vai para a nossa Cidade Maravilhosa, com 13 visadas da Zona Sul e do Centro do Rio.
Visite a cidade do Rio de Janeiro
Visite as Cataratas do Iguaçu
Visite a ilha de Manhattan
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Ranking de cidades
As cidades européias conformam o topo da lista.
Viena, Zurique e Genebra ocupam os três primeiros postos respectivamente. Na América Central e do Sul os mais bem colocados são: San Juan, em Porto Rico (72a.) e Montevidéu (79a.).
No ranking de infraestrutura a ponta é de Cingapura, mas há destaque para Santiago do Chile como a mais bem posicionada da América Latina.
Bagdá fecha as duas listas.
Visite o site da Mercer
Definição de qualidade de vida Mercer
Ranking (50+) de Qualidade de Vida
Ranking (50+) de Infraestrutura
Demolida favela com mil anos.
A Prefeitura demoliu sob o argumento que a “favela otomana” era composta por barracos que não serviriam sequer para depósito de carvão. O “projeto” prevê a saída de 3500 pessoas e a quase totalidade dos 1300 ciganos do bairro.
Segundo o pesquisador britânico Adrian Marsh, Sulukule era a mais antiga comunidade cigana do mundo, com existência comprovada desde 1054 (século XI).
Leia a matéria no Le Monde
Agora é Madrid
Neste blog, lá atrás, o arquiteto Flávio Ferreira apresentou pequeno ensaio em que defende um conceito exatamente ao contrário dessa proposta para o centro da capital espanhola: nada de estacionamentos nas áreas centrais das grandes cidades.
Veja a reportagem no ELPAÍS sobre a proposta espanhola
Leia o texto de FF: Como resolver o transito do Rio de Janeiro em 6 dias
sábado, 16 de maio de 2009
Cobras, Lagartos, etc.
Também é interessante lembrar que o conjunto de edifícios construídos nos terrenos que resultaram do incêndio da favela Praia do Pinto, no Leblon, foram apelidados com o nome da novela da ocasião: Selva de Pedra. Já aqui, porém, o batismo não foi feito pelos novos moradores, mas justamente pelos outros moradores do bairro. No caso, há uma nítida conotação pejorativa, tal como se situava na novela o tema da construção imobiliária e de grandes edifícios.
Andréa, por favor: não!
O texto tem como referência a expansão da Rocinha. É ponderado, bem escrito, claro; é um dos poucos que trataram o tema dos muros com abrangência. No entanto, há um certo desânimo, um desencanto, que se contrapõe ao destemor e ao entusiasmo.
Ela testemunha que os ecolimites que existiam há 2 anos no Portão Vermelho não foram obedecidos e as autoridades, mesmo alertadas, não reagiram ao desmatamento. Reconhece as precárias condições sanitárias e ambientais: hoje na Rocinha falta água, luz, o esgoto explode, o lixo se acumula, o trânsito mata, assim como a tuberculose ... por falta de sol e ventilação adequadas. Atribui a perda de qualidade principalmente à especulação imobiliária à la faroeste, com grandes proprietários não moradores.
É nesse quadro que serão construídos os muros no lugar dos antigos ecolimites. Além de salvar a mata, é preciso cuidar de gente e dar condições urbanísticas, sociais e legais para a transformação da Rocinha em bairro.
Para a vereadora, a construção do muro ... é o sinal definitivo, concreto em todos sentidos, do fracasso do Estado –e da sociedade que há mais de 20 anos escolhe livremente seus governantes. Mas, depois disso, ainda diz Andréa Gouvêa Vieira:
Se há um consolo em toda essa história, é que ... o muro não vai separar pessoas, não vai esconder a comunidade, não vai impedir o ir e vir entre os bairros.
Convenhamos: é muito pouco para quem tem a consciência cívica que a articulista demonstra, para o destemor, para o entusiasmo.
Não é hora para desencanto. Vereadora, por favor: não desanime.
Poupemos as senhoras mães
quinta-feira, 14 de maio de 2009
O Globo: HÁ 5 ANOS
Agora, nesta nova onda, busquei no arquivo para ver o que tínhamos escrito na ocasião, se ainda poderia ser atual.
Fiquei triste ao constatar que, cinco anos depois, o tema e seu contexto continuam sem alterações. Fiquei contente com o apanhado de antes, que assino novamente.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
Trem é descartado por falta de conforto e horários irregulares
Trem é descartado por falta de conforto e horários irregulares
Conheça as impressões de um telespectador do RJ que viajou para os Estados Unidos e ficou impressionado com a diferença entre o sistema de trens de lá e do Rio de Janeiro.
Leia a reportagem completa e assista ao vídeo com o comentário de Sérgio Magalhães.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
E, dá-lhe!, muros.
Além do artigo de Lindberg Faria, citado ontem, hoje, segunda-feira, mais dois foram publicados: Do Secretário Régis Fichtner, no Globo, e de Rodrigo de Almeida, no JB.
A Grande Paris na agenda
-implantação de metrô de excepcional desempenho que conecte entre si as áreas da região metropolitana integrando-as melhor também com Paris. Isto é: fortalecer a compreensão de Paris como uma cidade metropolitana.
-projetos de edifícios espetaculares, parques, etc. que possam apoiar o desenvolvimento dessa periferia menos privilegiada. Edifícios espetaculares, por que? Porque eles podem ajudar na sinalização de um tempo de qualificação ambiental, espacial e simbólica do território hoje deprimido.
O Rio na agenda
Alguns temas entram na pauta da mídia, ficam bombando durante algum tempo, depois desaparecem sem rastros. Agora está na berlinda a remoção de favelas e a construção de muros na Zona Sul. Como eles tocam nevralgicamente problemas históricos da cidade, conseguem despertar opiniões em contraponto. Mas se não vierem a fazer parte da agenda política, ficam estéreis. Neste sentido, vale a pena ler o artigo Favela é parte da cidade, de Lindberg Faria, publicado pelo Globo, em que o prefeito de Nova Iguaçu se posiciona frente ao tema dos muros e favelas. O novo, é que ele avança na questão metropolitana.
Me parece indispensável a compreensão do Rio como uma única cidade de 11 milhões de habitantes. Os problemas e as soluções envolvendo a Baixada Fluminense, o Leste Metropolitano, os Subúrbios da Zona Norte e a Zona Oeste, precisam compartilhar os olhares políticos e midiáticos que se debruçam quase que exclusivamente sobre a Zona Sul e a Barra.
É metrô para Ipanema, Linha 4 para a Barra, despoluição das lagoas da Barra, Cidade da Música, muros nas favelas da Zona Sul, etc. Tudo bem (em termos!); mas precisamos também agendar a transformação dos trens em metrô, a equalização na qualidade e no preço do transporte coletivo, a recuperação da Zona Norte suburbana, a efetiva despoluição da baía de Guanabara, o financiamento para a moradia popular e para a urbanização dos loteamentos e favelas, e –interligando todos eles: a retomada dos territórios ocupados pela marginalidade, impondo-se a permanência do Estado e fazendo valer a Constituição brasileira em toda a cidade metropolitana.
Com urgência: o Rio Metropolitano na agenda política!
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Confusão em Paris
De fato, não se trata de “reurbanizar” Paris.
Como já vimos, a associação entre os governos francês + metropolitano + parisiense encomendou idéias para o ajuste de interesses entre a cidade de Paris e a sua área metropolitana ( Île-de-France). O desejo é que, pelo consenso, possa resultar, no futuro, a “Grande Paris”.
Tampouco é um “projeto”, mas um conjunto livre de proposições iniciais.
Se você superar os primeiros parágrafos, onde a confusão se estabelece, depois poderá acompanhar algumas das proposições apresentadas por algumas das dez equipes que participaram da consulta. Estão esquemáticas, mas dá uma amostra de como o debate dos próximos meses poderá ser rico.
Nota do blog, de 15 de março
Notícia de ontem
terça-feira, 5 de maio de 2009
Remoção de favelas divide opiniões no Rio
"A política de remoção das favelas já foi adotada em diferentes épocas na história do Rio de Janeiro. Na gestão do prefeito Pereira Passos, entre 1902 e 1906, houve o chamado “bota-abaixo”, que promoveu a demolição dos cortiços do centro da cidade, deixando grande número de pessoas desabrigadas. A população removida subiu os morros dando início ao processo de favelização. Em 1965, Carlos Lacerda pôs fim à favela do Esqueleto e em seu local foi construída a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a Uerj. Já em 1970, durante gestão de Negrão de Lima, a favela da Catacumba, na Lagoa, e a favela Praia do Pinto, no Leblon, também foram removidas.
Em entrevista, Marco Antônio Mello, coordenador do Laboratório de Etnografia Metropolitana (LeMetro) do IFCS, e Sérgio Magalhães, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da UFRJ, comentam questões relativas à remoção das favelas."
Leia a reportagem completa com as opiniões dos entevistados
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Seremos campeões?
-Se a gente pudesse ter um Rio dos sonhos em 2016 seria esse que a gente constrói na proposta olímpica. Os jogos são um resgate do Rio de Janeiro. A possibilidade de fazer essa Olimpíada significa investimentos enormes e projetos de mais largo prazo para a cidade.- declarou o prefeito Eduardo Paes.
Ora Senhores, o desenvolvimento do Rio não depende de novas e excepcionais oportunidades e sim de uma mudança na política de investimentos.
É inegável o potencial catalisador de uma oportunidade como essa, entretanto, ela não se sustenta sozinha. Assim, sediaremos os jogos e ao final ficaremos com um legado irrelevante ou ainda pior: um legado com impactos negativos do ponto de vista urbanístico e/ou para os cofres públicos.
E se perdermos a disputa? Devemos esperar por 2020?
Está na hora de sairmos da torcida e entrarmos em campo.
O custo de não fazer
Isso para começar, pois imaginem se considerarmos o possível impacto sobre questões fundamentais para o desenvolvimento da cidade como a recuperação imobiliária do subúrbio contrapondo a criação e o aumento das favelas na Zona Sul. E por aí vai...
Qual é o custo disso? Quem paga a conta?
Neste caso, com certeza, o “custo de fazer” é muito menor do que o “custo de não fazer”.
Saúde!
A rede Sarah, uma instituição de saúde pública, é tida como referência quanto ao atendimento, tecnologia e gestão, essa última, feita por uma associação de direito privado: a Associação das Pioneiras Sociais.
As unidades projetadas pela equipe do arquiteto João Filgueiras de Lima, o Lelé, são belos exemplares dos benefícios gerados a partir de uma boa arquitetura, com destaque para as soluções de iluminação e ventilação natural, das circulações e do desenho do mobiliário. Edifícios feitos para curar.
Saúde para as instituições públicas, para a população e para a arquitetura!
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Às vezes, parece simples que as coisas sejam feitas corretamente.
Pois é.