A cidade, por certo, aproveitará a oportunidade: quanto mais conhecimento, melhor. Mas tenhamos em conta que são vias indiretas as escolhidas.
La Banque Mondiale modifie as stratégie urbaine - Le Monde, 30/06/09
Há terrenos vazios e prédios disponíveis.
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Em um trecho do vídeo, durante um passeio pela Rua Orestes, o professor chama a atenção para um carro estacionado em cima da calçada, obstruindo o passeio. Os alunos acompanham atentamente fazendo as suas anotações.
Uma vez, ouvi meu pai dizer que ficara mais educado depois que eu e meu irmão nascemos, principalmente depois que começamos a freqüentar a escola.
Imaginemos agora, aquelas crianças daqui a alguns anos, dirigindo seus carros, vivendo na cidade com essa nova compreensão. Será que nunca estacionariam seus carros sobre as calçadas? Então nós, os arquitetos, não precisaríamos mais projetar barreiras físicas? Nada de frades, correntes, balizadores....
Imaginem, com o esclarecimento dos direitos e deveres do cidadão para estas questões, qual seria o impacto nas transgreções e conseqüentemente na fiscalização do cumprimento das regras básicas estabelecidas.
Seria este, o chamado “pacto social”?
Neste caso, me parece que o projeto do Pedro Lessa também serviria para a questão dos ecolimites. Ensinando e explicando, derrubando os muros da ignorância, ele estaria desenhando uma bela e nova proposta para os muros da Cidade: os transparentes e esclarecedores.
O Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ está promovendo o evento Diálogos Cariocas, um ciclo de debates sobre a Cidade do Rio de Janeiro em suas diferentes faces.
A discussão de políticas públicas no ambiente da Universidade traz a perspectiva de liberdade no tratamento dos temas debatidos.
Diálogos Cariocas é o encontro entre a reflexão acadêmica e a expressão do dia a dia do Rio de Janeiro, com seus variados aspectos urbanos. A contextualização dos temas, através de abordagens cinematográficas, e as diferentes visões de especialistas e gestores públicos, pretende contribuir para a humanização dos assuntos tratados.
acesse o site e informe-se: www.dialogoscariocas.com.br
A duplicação da Avenida Visconde do Rio Branco e o Terminal Rodoviário João Goulart foram as principais obras.
O Terminal reordenou o transporte intermunicipal e intra-urbano bem como a relação com as barcas e o Rio. Serviu ainda para a recuperação do vasto aterro em que se localiza e que se encontrava abandonado.
Começou a operar, ainda não totalmente concluído, em 1991.
Dentre as partes inconclusas, estava a torre de boas vindas. Localizada entre a frente oeste do Terminal e a baía, com 45m de altura, previa um mirante e um pequeno restaurante no seu topo. A torre arquitetonicamente arrematava o edifício do Terminal e fortalecia simbolicamente a chegada a Niterói..
O tempo foi passando, outras prioridades se apresentaram, e a torre não saiu do chão.
Ainda naquele mandato, Jorge e João fizeram a encomenda a Oscar Niemeyer do projeto para o Museu de Arte Contemporânea, hoje um ícone da cidade –e primeira obra do que veio a se constituir como Caminho Niemeyer, o qual tem alguns de seus principais elementos localizados justamente no antigo aterro.
Agora, por notícia publicada na Folha de São Paulo, vemos que Niemeyer acaba de projetar uma torre com 60m, encimada por um restaurante, localizada justamente na posição daquela que fazia parte do Terminal João Goulart. Antes, contudo, nesse mesmo lugar, ON projetara um edifício escalonado que se colocava entre o Terminal e o mar, de certo modo reduzindo a presença do Terminal na paisagem de aproximação das barcas.
Fico contente que nosso maior arquiteto tenha refeito seu ponto de vista e tenha optado por uma torre, lá onde, antes, havíamos concebido a outra. Essa sua escolha é recebida por mim como reconhecimento do acerto de nossa decisão projetual de 1989.
Ao mestre, o agradecimento.
PS.
Em 1992, o Terminal recebeu o Prêmio de Projeto do IAB-RJ.
Em 1993 foi exposto na Bienal Arquitetura de São Paulo.
Em 1996, foi incluído entre as principais obras selecionadas para a Exposição Internacional de Arquitetura de Barcelona, que ocorreu simultaneamente ao Congresso Mundial de Arquitetos.
Autoria: arquitetos Sérgio Magalhães e João Sampaio.
Colaboradores: equipe da SMU de Niterói.