Sérgio Magalhães
Nesta tarde, o prefeito Eduardo Paes anunciou uma revisão no projeto Olímpico de enormes e importantes conseqüências para o futuro da cidade: a transferência, para a zona Portuária, da Vila da Mídia.
“Os membros do COI aceitaram nossa proposta de transferir para esta região as acomodações da Vila de Mídia, o que representa a construção de 5, 6 ou 10 mil unidades habitacionais.”
A importância dessa medida reside em uma revisão estratégica para a cidade metropolitana do Rio de Janeiro, com o fortalecimento do Centro como lugar do desenvolvimento. Após quase trinta anos em que a cidade via a reiteração da Barra da Tijuca como lugar do futuro do Rio, esta revisão no projeto, com a construção de milhares de unidades habitacionais e o centro da mídia, nos diz justamente o contrário: o Rio pode voltar a acreditar na centralidade de seu centro histórico!
Lembremos que o projeto olímpico original só fazia valorizar a Barra em detrimento do conjunto da cidade, com os investimentos públicos concentrados naquele bairro.
Agora, o núcleo jornalístico localizado no vértice dos eixos olímpicos Deodoro-Engenho de Dentro-Maracanã-Centro e Centro-Flamengo-Copacabana-
Fantástica notícia!
Leia a notícia no O Globo.com: MUDANÇAS - Rio fará revisão no projeto para os Jogos Olímpicos de 2016
Sergio,
ResponderExcluirGrande notícia mesmo. Este é realmente um passo concreto e decisivo para mudanças na região portuária. Parabéns à prefeitura pela decisão.
Abraço,
Augusto Ivan.
Sérgio,
ResponderExcluirFiquei feliz com a notícia da Vila da Imprensa que responde às nossas lutas e preocupações com o centro e com a racionalidade de investimentos públicos e privados. Contudo, que tristeza hoje ao ler os jornais:a questão do transporte e mobilidade no Rio de Janeiro tem que ser também examinada em todas as suas consequências pelas autoridades.
Não podemos continuar tendo atitudes tão contraditórias urbanisticamente. Instala-se a vila da Imprensa no Centro mas insiste-se no modelo automobilístico que "amplifica" a expansão da cidade para a Barra, tornando a cidade cada vez mais extensa, penosa de ser vivida, difícil de ser administrada com justiça na inversão dos recursos, enfraquecendo a própria idéia de centro... Além do mais, retoma-se questões de 20 anos atrás e que o pensamento urbanístico e ambiental contemporâneo já mostrou que devem ser abandonadas, repensadas: duplicação da Niemeyer, abertura de túneis. A própria opção pela implantação T5 deveria estar sendo discutida...
Mas vamos lá! Acredito na sensibilidade do Prefeito, do Governador, do Presidente (há recursos do PAC), da Câmara, dos empresários para o fato de que precisamos contruir uma cidade melhor e para todos.
Margareth da Silva Pereira
Sergio!
ResponderExcluirParabens por essa grande conquista! Sabemos do seu incansavel esforco para que as coisas possam de fato mudar. Nos, jovens aqrquitetos, aguardamos a possibilidade de fazer parte das transformacoes que estao por vir.
Um grande abraco,
Isabela Ledo & Menno Trautwein
A propósito da revitalização da região Portuária, investimentos equivocados: No ex-Blog de hoje.
ResponderExcluirCARTA ABERTA À DIRETORIA DA ELETROBRÁS!
Srs. Presidente José Antonio Muniz Lopes, Diretor de Administração Miguel Colasuonno, Diretor de Distribuição Flávio Decat de Moura, Diretor de Planejamento e Engenharia Valter Luiz Cardeal de Souza, Diretor de Tecnologia Ubirajara Rocha Meira, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Astrogildo Fraguglia Quental.
1. O Centro Histórico do Rio é patrimônio histórico do Brasil. Para preservá-lo, 30 anos atrás, foi aprovada a legislação do Corredor Cultural, preservando a memória histórico-cultural do Rio. Durante 10 anos essa legislação foi detalhada em relação a seu alcance.
2. No último dia do ano passado, a Prefeitura do Rio fez aprovar uma lei estuprando o Corredor Cultural e abrindo um precedente de extrema gravidade. Inacreditavelmente, é uma empresa estatal da tradição da Eletrobrás, patrimônio de nosso Povo, que se associa a um monstro urbano como esse. E ainda mantém silêncio quando a prefeitura diz que aprovou esta lei debaixo de chantagem: "Se não fosse assim a Eletrobrás sairia do Rio".
3. Todos sabem que isso não é verdade e que os senhores não se prestariam a tal papel. Portanto, por trás, há interesse privado menor, envolvendo construtora e abrindo aquele espaço urbano sagrado para a saga dos especuladores imobiliários.
4. Os senhores sabem que o número de funcionários da Eletrobrás no Rio não requer um prédio de 44 andares e, portanto, os negócios privados estão incorporados a tal decisão. E sabem que as alternativas de localização no Centro do Rio são diversas: Terreno da RFF ao lado da nova linha do Metrô e da Avenida Presidente Vargas; Cidade Nova (Fundo de Pensão da Prefeitura tem terrenos lá, Telemar tem um prédio inacabado); os imóveis da área portuária são em grande medida federais; há prédios no Centro do Rio, federais e abandonados, que submetidos a um retrofit, estariam perfeitamente capacitados, etc.
5. Um prédio desse porte não se construirá em menos de 3 anos. As ações judiciais, de diferentes focos, em defesa do patrimônio urbano do Rio e do Brasil e contra a Eletrobrás, já começaram a ser preparadas. O impasse judicial será inevitável e os atrasos recorrentes criarão um custo financeiro para a Eletrobrás.
6. Esta Carta Aberta tem a finalidade de registrar as responsabilidades neste dia, para que no futuro ninguém possa alegar desconhecimento. Neste, ou no próximo governo federal, essas responsabilidades serão cobradas. E não será dos que estão por trás do negócio, mas diretamente dos senhores que compõem a diretoria e aportarão as respectivas assinaturas.
7. O Rio espera que a consciência dos senhores impeça tamanha barbaridade. Há tempo, pois a compra não foi concretizada, ainda.
8. Recebam esta Carta Aberta como uma Notificação Extra-Judicial, pois será a base das responsabilizações futuras.
Cesar Maia - em 20 de janeiro de 2010. Dia de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Esta é uma ótima notícia para o futuro do Rio, pois trata-se de fortalecer o Centro do Rio de Janeiro e da Região Metropolitana. Parabéns a você, Sérgio que trabalhou com sensibilidade e inteligência por isso.
ResponderExcluir... mas que pena a notícia do Prédio da Eletrobrás. Ainda me espanta ver este tipo de insensibilidade por parte do poder público e uma empresa como a Eletrobrás. Como se pode deter isso? TEREZA CONI