terça-feira, 5 de abril de 2011

De metrô a trem

Lucas Franco
Parece que a Metrô-Rio entendeu errado o movimento defendido aqui no CI, pela transformação dos trens em metrô, potencializando a recuperação de áreas suburbanas e da Zona Norte.
Hoje, junto com esta foto-flagrante, recebi uma reveladora mensagem do atento colega Antônio Augusto Veríssimo:
“Tirei esta foto hoje de manhã em um vagão do metrô. Além de não transformarem o sistema de trem em metrô, parece que já tentam transformar o metrô em trem. Neste caso trocaram as cadeiras duplas por longitudinais, como nos trens da Super Via, liberando mais espaço para passageiros em pé.”
E tudo isso na mesma semana em que a tivemos o aumento em mais de 10% no valor da passagem, passando de R$ 2,80 para R$ 3,10, tornando-se a mais cara do Brasil.
Pelo visto, a proposta do Metrô-Rio é a seguinte: reajuste nas tarifas e aumento no número de passageiros por vagão, logo, crescimento da arrecadação, para oferecer um serviço de pior qualidade.

Um comentário:

  1. Lucas,

    Gostei da foto e da crítica.

    No mesmo dia em que você postou este breve artigo, coincidentemente saiu uma reportagem no Caderno Metrópoles do jornal O Estado de São Paulo relatando o caos que está o metrô de São Paulo, principalmente na linha Leste - Oeste que liga a região mais carente ao centro. Parte dos usuários desta linha pega o trem no contra fluxo e vai até o fim para conseguir chegar ao destino, caso contrário não consegue entrar na estação de origem.
    Embora os bancos encontravam-se no mesmo lugar, a foto da matéria retratava uma cena de superlotação: um número de passageiros por m² acima do recomendado. Parecia um "velho trem de subúrbio"...

    Ou seja, a dose se repete em São Paulo também!!!
    Os nossos meios de transportes estão a cada dia decaindo de qualidade e as tarifas aumentando....
    Dados da última pesquisa OD (2007) indicam que a o número de viagens a pé em SP está aumentando. Com certeza não deve ser em função da melhoria do espaço público ou da proximidade às áreas com mais atividades econômicas, e sim devido ao custo da tarifa e às dificuldades de usar o sistema de transporte público.

    Vale a pena o debate.

    abraços,
    Angélica Alvim

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