Lucas Franco
O título do artigo do arquiteto paisagista Eduardo Barra remete ao polêmico episódio dos Jogos Pan-Americanos de 2007, quando um jornalista americano escreveu a frase num quadro branco da sala de imprensa do seu Comitê Olímpico.
Com certo humor ácido e imagens esclarecedoras, Barra destaca alguns dos pontos fundamentais para que o episódio da gafe diplomática não se repita na “dobradinha Copa 2014-Olimpíadas 2016”:
“... Para a Copa de 2014, não desejamos mais estádios-OVNIs pousados em tecidos urbanos conflituosos, verdadeiros alienígenas alienados de questões elementares de planejamento urbano, ambiental, de transporte de massa e de compatibilidade com o entorno. A preocupação pode soar exagerada, mas ainda é preciso tocar no assunto, já que os estádios projetados para várias capitais brasileiras continuam sendo apresentados como objetos autistas, totalmente desvinculados da realidade envolvente. Não queremos mais hotéis e acomodações das delegações assentadas sobre áreas de proteção permanente dos cursos d’água. Pretendemos ter aeroportos operando de acordo com suas capacidades de segurança, com conforto para os usuários e voos pontuais. Contamos com estradas asfaltadas e sinalizadas, e cidades livres de esgoto a céu aberto, famílias sob viadutos e assaltantes desenvoltos, já que as questões sociais, de saneamento básico e de segurança pública estarão equacionadas ou, pelo menos, encaminhadas...”
Leia na íntegra o artigo de Eduardo Barra publicado no portal Vitruvius: Copa 2014: welcome to Congo!
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