Lucas Franco
Em função do desastre promovido pelas chuvas, o departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil publicou uma nota em solidariedade a população.
SETE ESCLARECIMENTOS
À POPULAÇÃO SOBRE AS TRÁGICAS CHUVAS QUE SE ABATERAM SOBRE A REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO
1.Nem toda favela é área de risco; nem toda área de risco é favela.
2.Se não houvessem existido as obras de urbanização e reassentamento promovidas pelos programas 'Favela Bairro' e 'Morar sem Risco', o número de vítimas no Município do Rio de Janeiro teria sido, seguramente, muito maior. Esta é uma política correta e vitoriosa que precisa ser continuada.
3.Não há solução eficaz e duradoura para o problema das enchentes e suas consequências sem investimentos públicos massivos, continuados e tecnicamente qualificados, principalmente nas áreas de habitação, transporte e saneamento. Habitação e Cidade são interdependentes e devem ser construídas simultaneamente.
4.As famílias moradoras em áreas de risco iminente precisam ser apoiadas para se transferirem a um lugar seguro, garantindo-se a integridade de suas atuais moradias enquanto laudos técnicos sejam realizados sobre a natureza e permanência do risco.
5.Havendo necessidade de reassentamento, ele deve se dar mitigando eventuais perdas relativamente às relações econômicas e sociais estabelecidas.
6.Os governos federal, estadual e municipais precisam contar com estruturas de planejamento permanentes e estáveis, para a implementação de políticas urbanas de médio e longo prazo.
7.A população pobre não é suicida. Mora em áreas de risco por falta de alternativas. Havendo modos de financiamento habitacional e transporte público de qualidade, toda a cidade se beneficia e novos danos sociais e ambientais se evitam.
Nós, arquitetos do Rio de Janeiro, reafirmamos nossa solidariedade com as vítimas das chuvas e, em especial, com os que perderam seus entes queridos. Continuamos prontos a contribuir para a construção de uma metrópole melhor, mais justa, menos desigual, onde todos os cidadãos possam dispor de um lugar seguro para morar, integrado à cidade, e contando com os equipamentos e serviços públicos necessários à vida urbana contemporânea.
Rio de janeiro, 14 de abril de 2010
Conselho Administrativo e Conselho Deliberativo do
INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL / Departamento do Rio de Janeiro
Como diz o artigo, Lucas, após uma chuva como a que caiu no Rio de Janeiro há três semanas, é responsabilidade dos órgãos públicos prestar todo o suporte às famílias afetadas.
ResponderExcluirPor isso mesmo a Secretaria de Governo tem feito um esforço muito grande nos últimos dias para atender famílias desabrigadas pelas chuvas. Na última sexta-feira, por exemplo, mais 2.500 cestas básicas foram distribuídas para os moradores do bairro das Palmeiras, em São Gonçalo.
Equipes do governo estão percorrendo a cidade para cadastrar moradores que ainda precisam de auxílio. Só lembrando que 400 toneladas de produtos, entre alimentos, material de higiene e limpeza, já foram entregues em abrigos e comunidades da região metropolitana do Rio, como em São Gonçalo.
Abs.,
Núcleo de Comunicação Digital
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Segue um link com mais informações sobre esse auxílio à população atingida pelas chuvas: http://www.imprensa.rj.gov.br/detalheNoticiaMetropolitana.asp?ident=58154&flag=Noticia
ResponderExcluirQue bom que o governo do estado está se movimentando.
ResponderExcluirEspero que agora, com maior distânciamento do ocorrido, se posicione de forma coerente.
É preciso enfrentar esta corrente imposta pela mídia de remoção total das comunidades.
Esta é uma proposta utópica que não leva em consideração que 50% do Rio é favela, e se alargarmos para a baixada fluminense a proporção aumenta. Por isso é irreal! Temos que trabalhar e melhorar a cidade tendo conciência do que é possível!