segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O novo MIS

Lucas Franco
Passada a “festa” de divulgação dos projetos para o novo Museu da Imagem e do Som (MIS), a ser instalado no terreno da finada boate Help, localizada na Av. Atlântica, praia de Copacabana, começam a surgir algumas boas discussões sobre a proposta.

Esta semana, recebi da colega Tereza Coni, a indicação para dois artigos muito interessantes: um do professor da Faculdade de Arquitetura da UFRJ, Pedro Lessa e outro da diretora da Escola de Belas Artes, Ângela Ancora da Luz.
Sem questionar os méritos arquitetônicos do projeto vencedor, do escritório americano Diller Scofidio + Renfro, eles chamam à atenção para outras questões relevantes, como o processo de ocupação de um lote público e a quebra da continuidade da “rua corredor”, além de desmitificarem o argumento usado pelo Governo, de que o projeto combate a indústria da prostituição.
Leia os artigos no Olhar Virtual da UFRJ

4 comentários:

  1. Há uma informação, não confirmada (em http://oglobo.globo.com/blogs/arnaldo/posts/2009/09/17/mis-223848.asp), de que o que foi vendido como “novo MIS” não tem previsto espaço para acervo, nem para laboratórios de restauro e conservação. Não será portanto o Museu da Imagem e do Som, mas um “centro de lazer cultural”.
    Se confirmado, isso destruiria a argumentação desenvolvida no “Olhar Virtual” quanto ao acervo que seria, supostamente, alocado no novo prédio.

    Helion

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  2. Se não houver acervo, nem laboratórios, não será a argumentação desenvolvida no "Olhar Virtual" que estará destruida, mas a credibilidade de quem proclamou a construção em Copacabana do novo Museu da Imagem e do Som. Centro de lazer cultural não é MIS.

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  3. Caro Helion, obrigado pela contribuição.
    De qualquer maneira, o autor do artigo e "freqüentador do MIS desde sua fundação" também questiona a sua localização.

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  4. Nota de Falecimento
    .
    Boite Help
    * 11/1984 + 01/2010
    .
    É com um profundo, porém ambíguo, pesar que anunciamos o falecimento, nesta madrugada, da Boite Help em Copacabana.
    Cercada em seus últimos momentos somente por um restrito e fiel círculo de pessoas muito próximas, suas luzes, que brilharam ao longo dos seus 25 anos de vida, finalmente se apagaram, exatamente às 05:30 da madrugada desta sexta-feira, 08 de janeiro de 2010.
    Enfrentando nos últimos tempos árdua batalha pela sobrevivência, tendo resistido a inúmeros momentos de crise, adaptações, e por fim, clara decadência...
    Help, finalmente, não mais resistiu, vindo a sucumbir vítima da ganância monopolista de vários setores do poder público brasileiro.
    Deixa em todos os seus frequentadores e frequentadoras um profundo e irreparável vazio.
    Seus restos mortais serão espalhados por várias partes do mundo: Alemanha, Liechtenstein, Inglaterra, Itália...
    Fontes oficiosas afirmam que o letreiro luminoso, ostentado por décadas em sua fachada, foi arrematado por um empresário residente (de terças às quintas) na capital federal, de nome José Ribamar. A intenção, segundo estas fontes, seria reabri-la, em grande estilo, sob a direção de parentes próximos, todos eles atuantes na área, no anexo de uma casa atualmente sob sua propriedade.
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    Sérgio Quinet.
    (sqoliveira@hotmail.com)

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