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Já que aqui no blog se falou tanto em ‘sombra do alvo’ me parece que estamos falando de algo similar.
A pedra portuguesa começou a ser utilizada em meados do século XIX (Wikipédia) em Lisboa e de lá pra cá é usada com maestria pelos nossos irmãos. Não há cidade em Portugal que não as tenha. E em ótimo estado de conservação (claro que haverá exceções, mas garanto que poucas). Também no Rio, encontramos importantes áreas com execução de qualidade e boa manutenção, em geral na Zona Sul.
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Se tanto lá como cá é possível encontrá-las bem conservadas, por que excluir as pedras portuguesas dos espaços públicos? Visitem a eleição dos melhores espaços do Rio aí ao lado, vejam quantos deles possuem as pedrinhas na sua escolha.
Os argumentos contra as pedras são a dificuldade de manutenção e falta de mão de obra.
De fato, o problema é outro: é de gestão do espaço público e insuficiente capacitação de mão de obra.
Por que concessionárias de serviços públicos, como a CEDAE, CEG, CET-RIO, OI, são incapazes de finalizar suas intervenções no pavimento com qualidade?
Por que a Prefeitura não faz o controle devido? Por que não forma a mão de obra necessária?
Por que as grandes construtoras investem tão pouco em formação de seus quadros técnicos?
Em um momento em que o país acelera seu crescimento temos que pensar: crescemos como? Com qualidade? Formando quadros? Ou crescem apenas as contas bancárias das empreiteiras, políticos e caixas de campanha?
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Leia artigo do Prof. Cristóvão Duarte, no Globo online, falando do mesmo assunto e explicando as diversas vantagens da calçada portuguesa.
Fonte das fotos